SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Ministério da Defesa da Rússia afirmou ter derrubado três drones da Ucrânia no início deste domingo (30), que tentavam atacar a capital do país, Moscou.

Não houve feridos, mas dois prédios nos arredores do distrito empresarial de Moskva-Citi tiveram suas fachadas danificadas, disse o prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin. Um dos prédios abrigava três ministérios do governo russo, além de apartamentos residenciais, segundo veículos de informação locais.

Placas de vidro que recobriam as construções foram estilhaçadas e escombros, espalhados na calçada abaixo depois que dois drones se chocaram contra eles. A área é conhecida por seus modernos arranha-céus.

Mesmo sem ter causado danos graves, a chegada de drones ucranianos à capital russa causa desconforto às autoridades. O episódio deste domingo é o mais recente de uma série de ataques com drones, incluindo contra o Kremlin e cidades russas perto da fronteira ucraniana. Outra tentativa similar, também em Moscou, aconteceu na última segunda -um dos dois artefatos usados foi derrubado perto da sede do Ministério da Defesa.

Depois do ataque de segunda, o vice-primeiro-ministro ucraniano, Mykhailo Fedorov, disse que haveria outros ataques de drones. A Rússia respondeu dizendo que preparava uma resposta dura contra Kiev.

Os voos no aeroporto Vnukovo, um dos três internacionais de Moscou, foram suspensos rapidamente devido ao incidente, de acordo com a agência de notícias estatal Tass. No início de julho, ataques de drones interromperam o tráfego aéreo no mesmo aeroporto.

Os dois drones foram derrubados neste domingo por equipamentos rádio-eletrônicos em Moskva-Citi. Outro foi abatido no ar sobre a área de Odintsovo, na região de Moscou, segundo comunicado.

Além deste ataque, a Rússia afirma ter interceptado outro feito por 25 drones da Ucrânia durante a madrugada na península da Crimeia, anexada pela Rússia. Ninguém ficou ferido e não houve danos.

"Dezesseis drones ucranianos foram destruídos pela defesa aérea", disse o Ministério da Defesa. Os outros foram abatidos com equipamentos rádio-eletrônicos.

Kiev lançou uma contraofensiva no início de junho para retomar os territórios conquistados por Moscou --expressando a intenção de recuperar a Crimeia, anexada em 2014.

Também neste domingo, o presidente russo Vladimir Putin participou de um desfile de navios de guerra e submarinos nucleares em sua cidade natal, São Petersburgo. Segundo Putin, a Marinha russa receberá 30 novas embarcações neste ano.

Quarenta e cinco navios e submarinos participaram do Dia da Marinha da Rússia, demonstração que acontece anualmente. Cerca de 3.000 membros da corporação também participaram de um desfile em terra.

Quatro chefes de Estado africanos participaram do evento de domingo e cinco outros países africanos enviaram representantes, de acordo com o Kremlin.

Eles foram convidados após uma cúpula com a presença de líderes de países africanos que se encerrou em São Petersburgo na sexta (28).


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