SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O museu do Louvre, em Paris, fechou excepcionalmente na manhã deste sábado (14) depois de receber uma mensagem de ameaça. À tarde, o Palácio de Versailles, outra das principais atrações turísticas da França, também precisou ser esvaziado diante de uma ameaça de bomba.
À agência de notícias AFP, um porta-voz afirmou que optou por esvaziar o Louvre "durante todo o dia, momento essencial para realizar uma verificação", de modo a manter o local e potenciais visitantes a salvo. Já em Versailles, que também não reabrirá hoje, o alerta foi feito por meio de uma mensagem anônima enviada a um portal de denúncias, disse uma fonte policial à AFP.
As decisões ocorrem um dia após um ataque a faca em uma escola na cidade de Arras, no norte da França, que, classificado de terrorista, deixou ao menos um morto. Em reação ao episódio, o governo decidiu na noite da sexta-feira (13) elevar o nível de alerta do país para "emergência atentado", o mais alto. Anunciou ainda a mobilização de 7.000 soldados por todo o território até a noite de segunda-feira.
O atentado foi realizado por um homem de origem tchetchena já conhecido por órgãos de segurança em razão de seu envolvimento com o islamismo radical. No momento do ataque, ele teria gritado "Allahu Akbar", disseram fontes da prefeitura e da polícia à AFP. A expressão, que significa "Deus é maior" em árabe, é comum em culturas islâmicas, mas também se tornou frequente em atentados terroristas nas últimas décadas.
O autor do atentado foi preso, segundo o ministro do Interior francês, Gérald Darmanin. Além de ter matado um professor de língua francesa no colégio Gambetta, ele ainda deixou outras duas pessoas feridas. O presidente Emmanuel Macron visitou o local do crime na própria sexta-feira, descrevendo-o como um ato de "terrorismo islâmico".
A Procuradoria Nacional Antiterrorismo da França investiga se o atentado tem ligação com organizações terroristas, já que aconteceu em contexto de escalada das tensões entre as comunidades judaica e muçulmana na França devido à guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas em curso há uma semana.
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