SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A Justiça Federal dos Estados Unidos emitiu nesta segunda-feira (16) uma ordem de silêncio para Donald Trump, limitando o que o ex-presidente pode dizer sobre as investigações relacionadas a sua tentativa de interferir nas eleições de 2020. Para a juíza Tanya Chutkan, as declarações de Trump representam um "perigo" para a Justiça.
Juíza federal emitiu ordem de silêncio para Trump. Com a restrição, o ex-presidente dos EUA está proibido de atacar publicamente funcionários da Justiça Federal e possíveis testemunhas, por exemplo. Trump ainda pode fazer comentários sobre Washington (DC), onde seu julgamento vai acontecer, e o Departamento de Justiça, de forma geral.
Em caso de descumprimento, Trump pode ser punido. Nesta segunda-feira (16), durante a audiência que impôs a ordem de silêncio, a defesa do ex-presidente criticou a medida, considerada "fundamentalmente antiética". Para os advogados, as restrições são apenas uma maneira de o presidente Joe Biden e o Departamento de Justiça atrapalharem a campanha de Trump para 2024.
Ex-presidente havia criticado promotores e até o juiz responsável pelo caso. A juíza Tanya Chutkan, alvo frequente desses ataques, alertou Trump de que os comentários que ele e seus advogados fizerem a partir de agora podem prejudicar o caso. "O senhor Trump (...) enfrenta quatro acusações criminais. Ele não tem o direito de dizer e fazer o que quiser", disse Chutkan.
"Não é questão de gostar ou não gostar da linguagem que o senhor Trump usa. Trata-se de uma linguagem que representa um perigo para a administração da Justiça. Sua candidatura presidencial não lhe dá carta branca para difamar funcionários públicos que estão apenas fazendo seus trabalhos", disse Tanya Chutkan, juíza federal.
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