TAIPÉ, TAIWAN (FOLHAPRESS) - No fim da tarde desta quarta-feira (18) em Pequim (início da manhã no Brasi), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, concedeu entrevista coletiva, abordando a reunião de três horas que teve com o líder chinês, Xi Jinping. "Não se pode contar tudo", disse, acrescentando porém que os conflitos em Gaza e na Ucrânia foram tratados "em detalhe".

"É uma catástrofe", afirmou, sobre o que também chamou de "tragédia" no hospital em Gaza, com mais de 500 vítimas. "Espero que seja um sinal de que este conflito deve terminar o mais rapidamente possível. Deverá conduzir ao início de algum tipo de contato e negociação", afirmou o líder russo, que iniciou e trava uma guerra com a Ucrânia desde fevereiro de 2022, sem perspectiva de solução.

O ministério chinês do exterior soltou nota no início da noite de quarta, sobre o que chamou de "desastre humanitário" no hospital, condenando os responsáveis, sem nomeá-los.

Em relação à Ucrânia, Putin falou na coletiva que a Rússia será capaz de repelir os mísseis americanos ATACMS que começaram a ser usados nesta semana. Qualificou a entrega do armamento como "erro" dos EUA. "Em primeiro lugar, é claro, causa danos e cria uma ameaça adicional", disse. "Em segundo lugar, é claro que seremos capazes de repelir esses ataques."

O início do encontro bilateral foi aberto às câmeras, inclusive a rede chinesa CCTV, que mostrou a fala de Xi. Ele afirmou que "a confiança política mútua entre os dois países está se aprofundando continuamente", com "uma coordenação estratégica próxima e eficaz".

Xi também disse que "o volume do comércio bilateral atingiu uma máxima histórica, que está avançando em direção à meta de US$ 200 bilhões estabelecida pelas duas partes".

Na coletiva, Putin disse que foi abordada a agenda bilateral em economia, finanças e no "trabalho conjunto nas organizações internacionais", acrescentando que Moscou e Pequim estão perto de fechar um acordo de cooperação.

A reunião dos dois no Grande Salão do Povo contou num primeiro momento com outros integrantes dos governos chinês e russo, sendo seguida pela conversa mais restrita entre Xi e Putin.


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