SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Seis aeroportos da França tiveram de ser esvaziados nesta quarta-feira (18) após ameaças de bomba. Os locais impactados são das regiões de Lyon, Nice, Nantes, Niza, Toulose, Beauvais e Lille.
As ameaças, segundo a polícia, foram recebidas por email. O aeroporto de Lille divulgou a informação em sua conta na plataforma X (ex-Twitter). "Aeroporto de Lille sendo esvaziado após ameaça de bomba. Os serviços de segurança do Estado estão no local", escreveu a conta oficial do aeroporto nesta terça.
Um dos terminais foi esvaziado por volta das 10h30 no horário local (5h30 em Brasília), segundo um porta-voz, e ao menos três voos precisaram ser desviados.
A Direção Geral de Aviação Civil da França confirmou à AFP os "alertas de bomba" e a retirada de pessoas em aeroportos do país, sem entrar em detalhes.
Em Nice, "houve apenas um alerta de pacote suspeito, algo comum, que exigiu o estabelecimento de um perímetro de segurança, mas tudo voltou ao normal", segundo a administração do aeroporto.
No aeródromo de negócios de Bron, "as dúvidas foram dissipadas, e o tráfego foi retomado", informou a administração.
A França está em alerta desde o assassinato de um professor na última sexta-feira (13) em um suposto ataque islâmico radical.
Na ocasião, um homem armado invadiu uma escola de ensino médio em Arras, no norte do país, e assassinou a facadas um professor de língua portuguesa.
Segundo fontes disseram à AFP, o homem teria gritado "Allahu Akbur" (Alá é grande, em árabe), ao cometer o crime. De acordo com a polícia local, ele é de origem tchetchena e tem conexão com o islamismo radical. Após o caso, o presidente Emmanuel Macron visitou o lugar.
A Procuradoria Nacional Antiterrorismo da França investiga se o atentado tem relação com organizações terroristas, já que aconteceu em meio ao conflito entre Israel e Hamas.
Outros países da Europa também veem o reflexo da guerra iniciada após o ataque do Hamas no dia 7 de outubro. Na Alemanha, foram registradas pichações da estrela de Davi nas portas de algumas casas.
A ação lembra a perseguição sofrida por judeus durante o regime nazista no país a partir da década de 1930, quando marcações semelhantes eram feitas para sinalizar a presença judia em uma atitude discriminatória e de perseguição.
Segundo o jornal britânico The Telegraph, quatro casos foram reportados à polícia do país nos últimos dias, dois deles em casas onde residiam judeus.
A guerra entre Israel e Hamas já resultou em milhares de mortos e feridos, inclusive de civis e crianças. Até o momento, ao menos 4.400 pessoas morreram no conflito.
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