SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A possibilidade de o presidente Lula (PT) comparecer à posse de Javier Milei na Argentina é improvável, segundo ministros que despacham diariamente com ele.

Na campanha eleitoral, o presidente eleito do país vizinho afirmou que o petista é comunista e corrupto, e disse que não se reuniria com ele se vencesse as eleições.

Fez mais: logo depois de eleito, ele se comunicou com Jair Bolsonaro (PL), o maior adversário de Lula, e o convidou para a posse.

O ex-presidente já disse que vai. Levará os governadores de SP, Goiás e Santa Catarina e 30 parlamentares com ele. E afirma que Lula tem que "se mancar" pois será "vaiado" se for à posse.

Na quarta-feira (22), Milei amenizou o discurso. E afirmou ao canal argentino Todo Notícia que receberia o petista na cerimônia.

"Se Lula quiser vir à minha posse será bem-vindo. Ele é o presidente do Brasil", afirmou.

A coluna questionou auxiliares diretos de Lula se, diante das novas falas de Milei, o petista poderia confirmar presença na posse. "Não creio", respondeu um dos ministros palacianos.

O ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Paulo Pimenta, já afirmou que Lula só deveria conversar com o argentino ou pensar em viajar para a posse caso Milei pedisse desculpas pelas ofensas.

"Eu [se fosse o presidente Lula] não ligaria [para parabenizar Milei]. Só depois que ele me ligasse para me pedir desculpa, ofendeu de forma gratuita o presidente Lula, cabe a ele um gesto como presidente eleito, de ligar para se desculpar. Depois que acontecesse isso, eu pensaria na possibilidade de conversar", afirmou Pimenta.


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