SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O prefeito de Nova York, Eric Adams, foi acusado nesta quarta-feira (22) de agressão sexual por uma mulher que teria trabalhado com ele há 30 anos. Adams nega a acusação e diz que não conhece a mulher.
O prefeito é acusado de agredir a denunciante em 1993, quando ele era um policial de Nova York. O processo, que busca US$ 5 milhões em reparações e também cita o Departamento de Polícia da cidade como réu, não dá detalhes sobre a suposta agressão.
"As pessoas conhecem meu caráter. Elas veem como eu sou, como me comporto", disse o prefeito a jornalistas. "Isso nunca aconteceu e não me lembro de ter conhecido a acusadora".
Assinada em lei pela governadora Kathy Hochul em 2022, a Lei de Sobreviventes Adultos, na qual a acusação se baseia, previa uma janela de um ano para que as pessoas movessem processos por agressões sexuais que possam ter ocorrido anos ou décadas atrás. O processo da denunciante contra Adams foi movido no Tribunal Supremo de Nova York poucos dias antes do fim prazo da lei, previsto para ocorrer nesta sexta-feira (24).
Além de agressão sexual, a mulher também acusa Adams e o Departamento de Polícia de discriminação e retaliação no emprego, ambiente de trabalho hostil e de infligirem intencionalmente sofrimento emocional. O Departamento de Polícia não respondeu a pedido de comentário.
O jornal The New York Times não conseguiu contato com a denunciante. Sua advogada em Nova York, Megan Goddard, não retornou ligações.
A acusação acontece em um momento em que Adams enfrenta outros problemas com a Justiça. O FBI realizou no último dia 6 uma busca nos celulares de Adams como parte de investigação sobre supostas doações ilegais à campanha de 2021 de Adams, incluindo uma feita pelo governo da Turquia.
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