SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O Estado Islâmico reivindicou a autoria dos ataques que mataram mais de cem pessoas nesta quarta-feira (3) em uma cerimônia na cidade de Kerman, no Irã.
O grupo terrorista publicou um comunicado no Telegram assumindo autoria pelas explosões.
Cento e três pessoas foram mortas e ao menos 171 ficaram feridas, de acordo com a imprensa estatal iraniana. Este foi o ataque mais fatal no país desde a Revolução Islâmica de 1979.
Milhares de pessoas participavam de uma homenagem a Qassem Soleimani. O ex-comandante militar iraniano foi morto em 2020 no Iraque por drones do Exército dos Estados Unidos.
Duas bombas explodiram ao lado do túmulo de Soleimani.
Governo iraniano promete vingança. O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse que haverá uma "resposta dura", enquanto a elite da Guarda Revolucionária do Irã jurou uma "retaliação muito forte".
QUEM FOI SOLEIMANI
Soleimani foi morto em 2020 por drones das Forças Armadas dos EUA. Ele era encarregado das operações internacionais da Guarda Revolucionária do Irã e desempenhou um papel de liderança na guerra na Síria ao apoiar o presidente Bashar al-Assad e combater o grupo Estado Islâmico.
General era uma das personalidades públicas mais populares do Irã. Após sua morte, o aiatolá Ali Khamenei decretou três dias de luto nacional.
Como comandante-chefe da força de elite Quds, o braço estrangeiro da Guarda Revolucionária do Irã, Soleimani comandou operações clandestinas no exterior e foi uma figura-chave na campanha de longa data do Irã para expulsar as forças dos EUA do Oriente Médio.
As tensões entre o Irã e os Estados Unidos, atingiram um novo pico devido à guerra em Gaza. Israel é apoiada pelos norte-americanos, enquanto o grupo palestino é apoiado pelo Irã.
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