SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ministro israelense das Relações Exteriores, Israel Katz, alfinetou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo quarto dia consecutivo, nesta quarta-feira (21), após o brasileiro comparar as ações militares de Tel Aviv na Faixa de Gaza ao genocídio cometido pelo regime de Adolf Hitler durante a Segunda Guerra Mundial.
O chanceler publicou um depoimento Rafaela Treistman, 20, uma sobrevivente do massacre cometido pelo grupo terrorista Hamas em 7 de outubro, e escreveu que o presidente brasileiro deveria ouvi-lo.
"Presidente Lula, após a sua comparação entre a nossa guerra justa contra o Hamas e os atos desumanos de Hitler e dos nazistas, a Rafaela tem uma mensagem que o senhor deveria ouvir", escreveu Israel Katz na plataforma X. Assim como nos dias anteriores, o ministro marcou o perfil de Lula na publicação.
Treistman estava na festa de música eletrônica que ocorria no deserto de Negev, a menos de seis quilômetros da Faixa de Gaza, no momento em que terroristas romperam barreiras e invadiram o sul de Israel. Ela era namorada de Ranani Glazer, um dos brasileiros mortos nos atentados.
A invasão teve início ao amanhecer, quando a rave foi interrompida pelo barulho de mísseis e seus organizadores pediram que o público fosse à procura de refúgio. Rafaela, Ranani e um amigo do casal foram para um bunker à beira da estrada, que foi encontrado e atacado por terroristas.
"Rafaela sobreviveu, mas seu namorado Ranani Glazer foi brutalmente assassinado por terroristas do Hamas, juntamente com vários dos seus amigos", escreveu o ministro Katz, em português, no post.
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