MADRI, ESPANHA (FOLHAPRESS) - Kate Middleton, 42, a princesa de Gales do Reino Unido, disse nesta sexta-feira (22) que estava sendo submetida a quimioterapia preventiva depois de exames realizados após uma grande cirurgia abdominal revelarem um câncer.

Esposa do herdeiro do trono, o príncipe William, ela passou duas semanas no hospital em janeiro depois de uma cirurgia bem-sucedida e planejada para uma condição não cancerosa, de acordo com comunicado de sua assessoria na ocasião.

Em uma mensagem de vídeo publicada nesta sexta, porém, a princesa disse que exames subsequentes revelaram um câncer.

"Minha equipe médica aconselhou que eu fizesse um tratamento de quimioterapia preventiva, e agora estou nas primeiras etapas desse tratamento", disse Kate na gravação, realizada na quarta-feira desta semana.

"Isso, é claro, foi um grande choque, e William e eu temos feito tudo o que podemos para processar e gerenciar isso de forma privada pelo bem de nossa jovem família."

O Palácio de Kensington, lar da princesa e do príncipe em Londres, disse que não daria mais detalhes sobre o tipo de câncer e afirmou que ela está em um caminho de recuperação. A quimioterapia preventiva começou em fevereiro, segundo o palácio.

O rei Charles 3º, que também está tratando de câncer, anunciado em 5 de fevereiro, disse estar orgulhoso da coragem da princesa, informou o Palácio de Buckingham. "Sua Majestade está muito orgulhoso de Catherine pela coragem que ela demonstrou ao falar como fez", disse um porta-voz do palácio.

O porta-voz acrescentou que o soberano tem estado "em contato com sua amada nora ao longo destas últimas semanas" e que o rei e a rainha "continuarão a oferecer seu amor e apoio a toda a família neste momento difícil".

Especialistas na família real britânica disseram que o dia da divulgação da mensagem foi estratégica para proteger os três filhos de casal, George,1 0, Charlotte, 8, e Louis, 5. Isso porque nesta sexta começou o feriado de Páscoa no Reino Unido, que, dependendo da escola, pode durar até duas semanas. As crianças estudam em em uma escola privada em Windsor, a 40 km de Londres.

"Agora eles são capazes de retirar as crianças do ambiente escolar, mantê-las numa bolha e realmente protegê-las do mundo exterior enquanto todas essas notícias e reações atingem o resto do mundo", disse a expert Victoria Murphy ao canal ABC.

O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, publicou nota oficial desejando uma boa recuperação. "A Princesa de Gales tem o amor e o apoio de todo o país enquanto continua a sua recuperação. Ela demonstrou uma enorme coragem com a sua declaração de hoje. Nas últimas semanas, ela foi submetida a um intenso escrutínio e foi tratada injustamente por certos setores da mídia em todo o mundo e nas redes sociais", afirmou.

"Quando se trata de questões de saúde, como todo mundo, ela deve ter privacidade para se concentrar em seu tratamento e estar com sua amorosa família", disse Sunak.

A Casa Branca também se pronunciou oficialmente. "Os nosso pensamentos estão com Kate após o diagnóstico de câncer. Estamos incrivelmente tristes com essa notícia", disse a presidência dos Estados Unidos.

O intenso escrutínio nas últimas semanas, ao qual Sunak se referiu, diz respeito a ela ter publicado uma foto com seus filhos que, mais tarde, foi apontada como manipulada digitalmente.

Em 10 de março, Kate apareceu nas redes sociais desejando um feliz Dia das Mães, data em que a ocasião é celebrada no Reino Unido, mas parte do punho de uma de suas filhas está faltando, além de um zíper parecer desalinhado, entre outras incongruências. As agências de notícias derrubaram a imagem de suas plataformas.

A princesa de Gales se desculpou posteriormente: "Como muitos fotógrafos amadores, ocasionalmente faço experiências com edição. Queria expressar minhas desculpas por qualquer confusão que a fotografia de família que compartilhamos causou. Espero que todos que comemoram tenham tido um feliz Dia das Mães", escreveu.

A imagem familiar pretendia tranquilizar o público sobre a sua recuperação, pois ela não aparecia em público desde que a cirurgia abdominal de janeiro. Uma série de teorias de conspiração passaram a circular nas redes e nos tabloides britânicos, como a realização de procedimentos estéticos, a separação de William, a doação de órgãos para o rei Charles 3º e até mesmo sua morte.

O escrutínio também trouxe à tona Rose Hanbury, 40, a marquesa de Cholmondeley, ex-modelo e amiga de Kate. Ela seria o pivô de uma crise no casamento real, apontada como amante do príncipe William, 41.

Após dois meses longe do público, Kate reapareceu no sábado (16), saindo de um mercado de produtos do campo, ao lado do marido perto de sua residência, em Windsor, a 45 km de Londres.

No vídeo desta sexta, Kate falou de seu sumiço. "Como vocês podem imaginar, isso leva tempo. Levei algum tempo para me recuperar de uma grande cirurgia para poder iniciar meu tratamento", afirmou.

"Mas, o mais importante, levamos tempo para explicar tudo a George, Charlotte e Louis de uma forma que seja apropriada para eles, e para tranquilizá-los de que vou ficar bem", explicou.

'Como eu disse a eles: 'Estou bem e ficando mais forte a cada dia, concentrando-me nas coisas que vão ajudar a me curar, em minha mente, corpo e espírito'."


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