SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O rei Charles 3º, do Reino Unido, compareceu na manhã deste domingo (31) à Capela de São Jorge para acompanhar o tradicional culto religioso da Páscoa, em seu primeiro compromisso público desde que anunciou o diagnóstico de câncer, há quase dois meses.

O monarca de 75 anos estava sorridente e acenou para o público ao descer do carro com sua esposa, a rainha Camilla. No local, que fica a 40 quilômetros de Londres, está enterrada a mãe de Charles, a rainha Elizabeth 2ª, morta em 2022.

A cerimônia acontece mais de uma semana depois de a princesa de Gales, Kate Middleton, esposa do herdeiro do trono, o príncipe William, anunciar que também foi diagnosticada com câncer. O casal e seus filhos não estavam presentes, ao contrário de outros membros da família real, como o duque e a duquesa de Edimburgo, a princesa Anne e seu marido, Timothy Laurence, e o duque e a duquesa de York.

Charles vinha adiando todos os compromissos públicos desde que o Palácio de Buckingham anunciou que ele passaria por tratamento para uma forma não especificada de câncer, descoberto no começo do ano após uma operação na próstata.

Depois do anúncio, o rei cancelou todos seus compromissos públicos, embora tenha continuado cumprindo algumas funções oficiais e comparecendo a encontros, como as reuniões com o primeiro-ministro, Rishi Sunak.

Na semana passada, por exemplo, Charles não foi ao evento anual em comemoração à Quinta-feira Santa, mas divulgou uma mensagem de áudio que foi transmitida na cerimônia. Nela o monarca expressava sua tristeza por não estar presente e desejava ao público uma feliz Páscoa.

Em 22 de março, a princesa de Gales anunciou que estava sendo submetida a quimioterapia depois de exames realizados após uma grande cirurgia abdominal revelarem um câncer. Em janeiro, ela passou duas semanas no hospital para uma operação definida por sua assessoria na ocasião como "planejada e bem-sucedida" para uma condição não cancerosa.

Também em um compromisso em comemoração à Páscoa, o papa Francisco fez um apelo à paz neste domingo após celebrar a missa a uma multidão no Vaticano, acalmando os rumores sobre seu estado frágil de saúde.

"Não permitamos que as hostilidades em andamento continuem a afetar seriamente a população civil, já exausta, especialmente as crianças. Quanto sofrimento vemos nos seus olhos. Com o seu olhar nos perguntam: Por quê? Por que tanta morte? Por que tanta destruição?", afirmou o pontífice.

O líder católico de 87 anos mencionou os diversos conflitos que afetam o mundo e reiterou o pedido de libertação dos reféns israelenses e de um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza no momento em que começa uma nova rodada de negociações para uma trégua entre Israel e Hamas.

"A guerra é sempre um absurdo e uma derrota. Não permitamos que ventos de guerra cada vez mais fortes soprem sobre a Europa e o Mediterrâneo. Não nos rendamos à lógica das armas e do rearmamento", completou Francisco na basílica de São Pedro.


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