Com um janeiro atípico, com chuvas com volume acima da média histórica, Minas Gerais caminha para o fim do período chuvoso, embora ainda sejam esperados volumes significativos de precipitação acumulados em pelo menos duas regiões do estado. O Governo do Estado, por meio da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), mantém o foco nas ações de enfrentamento às consequências dos eventos climáticos. Para as pessoas, continua a orientação para que se atentem às medidas de autoproteção.
Conforme o coordenador estadual adjunto de Defesa Civil de Minas Gerais, o tenente-coronel Eduardo Lopes, as atenções estão concentradas nas regiões Sudoeste e Sul. Neste momento, nas demais áreas do estado, as chuvas são típicas de verão: pancadas isoladas no fim da tarde. O militar reforça que ainda há chuvas previstas para fevereiro que vão exigir a atenção aos mineiros. Vale lembrar, também, que o período chuvoso em Minas Gerais, historicamente, vai até março.
“Pedimos que a população não subestime um dia de sol. Estamos no período chuvoso e é muito comum a formação de tempestades, sobretudo no final do dia, e elas podem, sim, provocar áreas de alagamento. Por isso, é importante que o cidadão acompanhe a previsão do tempo e os alertas da Defesa Civil”, reforça o tenente-coronel.
Além das redes sociais da Defesa Civil de Minas Gerais, um importante canal para o recebimento de alertas é o número 40199. Os interessados podem se cadastrar para receber os avisos, basta enviar uma mensagem de texto (SMS) para o telefone com o CEP da residência ou local desejado.
“Havendo qualquer tipo de evento severo que propicia tempestades, chuvas de granizo, ou até mesmo chuvas volumosas, o cidadão que se cadastrou vai receber essa informação e terá condições de antecipar medidas de autoproteção e organizar melhor a gestão do seu dia a dia, correndo assim menos riscos”, reforça o coordenador adjunto da Defesa Civil.
Com a proximidade do carnaval, quem tem a intenção de pegar a estrada, precisa pensar nas chuvas como um fator importante. É um período que, conforme o tenente-coronel Eduardo Lopes, pode trazer surpresas como deslizamentos de terra próximo às estradas. "O cidadão deve adotar medida de autoproteção, reduzir a velocidade, principalmente em dias chuvosos, para que possa realizar o deslocamento com segurança”, aconselha .
O Comando de Policiamento Rodoviário, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem (DER-MG) mobilizou um serviço de monitoramento indicando aquelas rodovias que estão parcialmente ou totalmente isoladas. Esse mapeamento está disponível também no site da Defesa Civil do Estado, espaço em que o cidadão pode consultar previamente e estabelecer seu planejamento de viagem.
Ações da Defesa Civil
O coordenador adjunto da Cedec explica que o atual período chuvoso, de 2022 para 2023, foi de chuvas volumosas, mas diferente do anterior, porque elas vieram mais espaçadas e acabaram sendo mais distribuídas dentro do estado, sem atingir severamente e por vários dias uma mesma região.
“Foram muitas chuvas que exigiram do Estado uma atuação bem específica em apoio aos 244 municípios que temos, hoje, em situação de emergência ou calamidade”, explica.
O tenente-coronel Eduardo Lopes reitera que o Governo de Minas Gerais, por meio da Defesa Civil, realizou ações preparatórias ao enfrentamento do período chuvoso. Entre elas, ele destaca o estabelecimento do grupo estratégico de respostas, que integra todas as secretarias e também as forças de segurança, de forma a atuar sinergicamente no apoio aos municípios afetados pelas chuvas.
Outra entrega importante, salientada pelo coordenador estadual adjunto, foi a estruturação das defesas civis municipais, por meio de 497kits que contemplam viaturas, notebooks, equipamentos de atuação em campo, permitindo assim que a defesa civil municipal tivesse condições de se preparar melhor e também acontecendo um evento grave, ter condições de prestar o primeiro atendimento.
A Defesa Civil de Minas Gerais também disponibiliza equipes de campo para apoiar os municípios afetados pelas chuvas. Elas são responsáveis por apoiar as localidades nas ações de decretação de emergência e também no restabelecimento dos serviços essenciais.
As ações ainda contemplam o fornecimento de ajuda humanitária aos desabrigados e desalojados. Segundo o balanço da Cedec dessa segunda-feira (30/1),já foram distribuídas 8.675 cestas básicas, além de 2.911 colchões, 2.678 kits dormitório (fronha, lençol, travesseiro e cobertor ou manta casal), kits de higiene (com sabonete, papel higiênico, absorventes, escova e creme dental), e mais de 6,5 mil itens avulsos, como roupas, kits de limpeza, alimentos, fraldas, entre outros.
De acordo com o boletim da Defesa Civil desta terça-feira (31/1), desde o início do período chuvoso, Minas Gerais registrou 21 óbitos. Há 2.098 pessoas desabrigadas – que precisaram ir para abrigos públicos por conta de danos ou ameaças de danos em seus imóveis -, e 11.637 pessoas desalojadas, que são aquelas que também precisaram desocupar seus domicílios em decorrência de efeitos diretos do desastre, mas se abrigaram nas casas de parentes ou amigos.
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