A dengue, segundo o Ministério da Saúde (MS), é uma arbovirose urbana que prevalece nas Américas, mas principalmente no Brasil. A incidência global dessa doença escalonou nas últimas décadas, e quase metade da população mundial poderá contraí-la, conforme alerta a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Além disso, de acordo com o Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde, neste ano o Brasil já soma mais de mil mortos pela doença; 1,6 milhão de casos prováveis de dengue e 24.109 casos de dengue grave e dengue com sinais de alarme até novembro.

Entre os meses de dezembro até meados de maio as temperaturas elevadas e ocorrência de chuvas intermitentes criam condições propícias para o desenvolvimento do mosquito. Para Alexandra Gazzoni, coordenadora de Biomedicina da Faculdade Estácio de Sá, PhD em Microbiologia e Bacteriologia, a vulnerabilidade hídrica e a falta de saneamento básico são pontos a serem destacados, uma vez que os reservatórios de armazenamento de água tornam-se criadouros do mosquito Aedes aegypti: “Os ovos depositados pelas fêmeas do mosquito Aedes aegypti podem resistir fora da água por até mais de 400 dias. É imprescindível não acumular água parada, lavar pratos de plantas, descartar corretamente objetos que acumulam água, como pneus, manter calhas e quintais limpos e a caixa d’água fechada”, orienta.

 

Principais sintomas

Os primeiros sintomas da dengue, que são febre, mal-estar, dor muscular, dor de cabeça, manchas vermelhas pelo corpo, se assemelham aos da febre Chikungunya e do vírus Zika.

“A dengue é caracterizada por febre acima de 38°C, dor de cabeça, fraqueza, dor muscular e nas articulações, dor atrás dos olhos, manchas vermelhas na pele e, em alguns casos, diarreia. Os quadros graves podem causar hemorragia e levar a óbito. Na Chikungunya, o paciente tem febre acima de 38,5°C, dor muscular e nas articulações – que pode ser tornar crônica –, manchas vermelhas na pele, dor de cabeça, fraqueza. E na infecção por Zika, os sinais mais presentes são temperatura abaixo de 38,5°C, ou até mesmo sem febre, conjuntivite, dor muscular e nas articulações, dor de cabeça, fraqueza, manchas vermelhas e coceira pelo corpo e aumento dos linfonodos. A Zika pode acarretar complicações neurológicas (síndrome de Guillain Barré) e anormalidades em fetos e recém-nascidos, como a microcefalia”, descreve a biomédica.

Alexandra Gazzoni explica que o tratamento das arboviroses consiste em hidratação e medicamentos para alívio dos sintomas, prescritos somente pelo médico, mas para quadros graves poderá ser necessária a hospitalização. A especialista acrescenta a aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) da vacina da dengue contra os quatro sorotipos da doença. “No entanto, o imunizante deverá estar disponível no SUS em meados de 2024”, finaliza.

 

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