BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A candidata à presidência da República Simone Tebet (MDB) afirmou que as palmas prolongadas ao ministro Alexandre de Moraes, em sua posse na presidência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), foram o "maior recado" a Jair Bolsonaro de que retrocessos democráticos não serão aceitos.
"Foi um recado claro ao presidente da República [a presença de diversas autoridades, como ex-presidentes]. O maior recado que demos foi com os aplausos. Se o ministro Alexandre de Moraes não começasse a falar, nós não iríamos parar de aplaudir", afirmou a senadora.
Simone Tebet ainda falou que a posse no TSE na noite anterior foi um momento histórico por reunir tantas personalidades do mundo político, em particular os ex-presidentes. Participaram Dilma Rousseff, Michel Temer, Luiz Inácio Lula da Silva e José Sarney.
Essa conjunção, afirma, também serviu para indicar ao presidente que todos apoiam o sistema eleitoral e que não serão aceitas contestações.
"Respeitamos e confiamos no processo eleitoral e urnas eletrônicas e estaremos prontos para defender o resultado das urnas, seja ele qual for", completou.
A candidata do MDB abriu o segundo dia de campanha visitando uma creche na comunidade Chácara Santa Luzia, na Cidade Estrutural, comunidade extremamente carente no Distrito Federal. A creche particular sobrevive com recursos de doações e atende mães solteiras que trabalham em um lixão na região.
No primeiro dia da campanha, a senadora havia se reunido com representantes do setor cultural no baixo Alto de Pinheiros, área nobre da capital paulista.
Em sua visita à comunidade do Distrito Federal, a emedebista estava acompanhada do ex-vice-governador Tadeu Filippelli, que será candidato a uma vaga na Câmara Distrital. Uma das ausências sentida foi a do seu correligionário, o atual governador Ibaneis Rocha (MDB) --que vai apoiar Jair Bolsonaro na corrida presidencial.
Simone Tebet focou as suas falas em questões sociais, em particular com promessas para a educação. Prometeu zerar a fila para creches e disse que "dinheiro tem".
A candidata também voltou a falar em aumentar os tetos de renda em que pessoas são consideradas miseráveis e assim aumentar o público de programas de transferência de renda. A emedebista chegou a mencionar R$ 200 -dobrando o valor atual- mas na sequência disse que isso seria feito com responsabilidade.
A emedebista foi cobrada por moradores locais sobre problemas do saneamento. A Chácara Santa Luzia, divisão da Estrutural onde fica a creche, sobre com problemas crônicos de esgoto a céu aberto.
"O que a gente quer é dignidade. A gente quer que o filho da gente, quando estuda lá no Guará, não seja chamado de pezinho de Tody, porque chega com o pé todo sujo", afirmou Poliana Feitosa Teixeira.
A parlamentar lembrou que o novo marco do saneamento, aprovado no Congresso, vai possibilitar a universalização do saneamento básico no Brasil. Simone Tebet afirmou que vai antecipar o prazo previsto para isso, mas não especificou.
Simone Tebet se recusou a responder perguntas referentes a outros candidatos. Disse que o momento é de "falar menos de Lula e Bolsonaro e mais de Brasil". Questionadas sobre as recentes pesquisas, nas quais ainda permanece com 2% das intenções de voto, afirmou que a campanha começou apenas nesta semana e que "jogo é jogo, treino é treino".
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