RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), afirmou nesta quarta-feira (17) que foi comunicado pelo Comando Militar do Leste sobre a participação do Exército no ato marcado para o dia 7 de setembro em Copacabana (zona sul) pelo presidente Jair Bolsonaro.

Segundo o prefeito, não se trata de um desfile militar tradicional, mas sim um ato "em um pequeno trecho da avenida Atlântica, próximo ao Forte de Copacabana". Paes afirmou que o tradicional evento no centro da cidade não ocorrerá.

Ele também afirmou estar previsto "apresentações da Marinha e da Aeronáutica no mar e no espaço aéreo, sem qualquer tipo de interferência nas pistas".

"Ao longo dos próximos dias teremos reuniões com as Forças Armadas para a organização de detalhes. Repito: a parada militar não será na Presidente Vargas nem em Copacabana. Essa é a solicitação que recebi do Exército Brasileiro", escreveu o prefeito.

O anúncio atende aos desejos de Bolsonaro, que enfrentava resistência do Alto Comando do Exército. Além da força terrestre, o presidente já havia determinado a participação da Marinha e da FAB (Força Aérea Brasileira) no ato na orla carioca.

Bolsonaro pretende encontrar manifestantes favoráveis em Copacabana na tarde do Dia da Independência, em mais uma tentativa de projetar apoio popular.

Inicialmente, ele queria que um desfile militar ocorresse na avenida Atlântica, mas a ideia perdeu força após objeções da cúpula da Defesa, do Exército e da Prefeitura do Rio.

Tradicionalmente, o desfile do 7 de Setembro no Rio de Janeiro ocorre na avenida Presidente Vargas, na região central. Sem o desfile militar, Bolsonaro comunicou ao ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, que quer aparatos da Aeronáutica e da Marinha em Copacabana. A ideia é que navios de guerra estejam visíveis da orla durante as manifestações e que aviões da FAB façam demonstrações aéreas no local.

Segundo a coluna Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, ministros com maior trânsito na área política afirmam que há possibilidade do presidente reduzir o peso político do ato no Rio de Janeiro, mudando seu caráter de confronto e evitando ataques ao Judiciário. As manifestações ganhariam um caráter mais festivo e de apoio eleitoral.


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