SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Pesquisa realizada pelo Instituto Quaest presencialmente, contratada pelo Banco Genial e divulgada nesta sexta-feira (19), aponta que Michelle Bolsonaro, primeira-dama e esposa do presidente Jair Bolsonaro (PL), e Rosangela da Silva, a Janja, socióloga e esposa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pouco influenciam a intenção de votos dos eleitores brasileiros para o Planalto.

As duas esposas dos candidatos que estão à frente na pesquisa empatam na baixa influência, já que 77% dos entrevistados disseram que Michelle não influencia na hora de votar, enquanto 81% responderam o mesmo sobre Janja. Considerando a margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos, há um empate entre elas nesse recorte.

Na pesquisa, 14% dos entrevistados disseram que Michelle "influencia positivamente", com 9% dos eleitores consultados falando o mesmo sobre Janja.

4% disseram que a primeira-dama "influencia negativamente" seu voto e 3% falaram pensar isso sobre a socióloga.

A pesquisa questionou eleitores evangélicos e católicos sobre Michelle e Janja. Entre o primeiro grupo, 22% concordaram que a primeira-dama influencia positivamente na decisão de voto. Mas 72% afirmaram que ela não impacta seu voto e 2% disseram que ela influencia de forma negativa.

Michelle é uma grande aposta da campanha de Bolsonaro para alcançar dois grupos: evangélicos e mulheres.

Ainda considerando os evangélicos, 82% falaram que não são influenciados por Janja, com 7% dizendo que ela influencia de forma positiva e 4% vendo um impacto negativo na presença dela.

Já com os católicos, 11% disseram que a presença de Michelle tem boa influência, com 80% afirmando ser indiferente a ela e 4% concordando que ela impacta negativamente seu voto.

Nesse grupo, a socióloga Janja tem um desempenho semelhante ao de Michelle, também com 11%, afirmando que a presença dela é uma influência positiva, 80% dizendo ser indiferente a ela, mas 2% concordando que ela influencia negativamente seu voto.

MESMO SEM INFLUENCIAR, MICHELLE TEM IMPACTO NOS ELEITORES DE BOLSONARO

A pesquisa dividiu os entrevistados também em eleitores de Lula e Bolsonaro. No caso de Michelle, 29% de pessoas que pretendem votar em seu marido pensam que ela influencia de forma positiva seu voto. 69% disseram que ela não possui influência e 1% falaram que ela impacta negativamente.

Janja influencia positivamente 16% dos eleitores de Lula, com 76% concordando que são indiferentes sobre ela e 2% afirmando que ela tem um impacto negativo.

A primeira-dama é consideravelmente mais conhecida. Perguntados sobre as esposas dos presidenciáveis que lideram as pesquisas eleitorais, 57% afirmaram conhecer Michelle. Desse número, 34% têm uma imagem positiva dela, 8% possuem uma visão indiferente, e 15% pensam negativamente sobre ela. 39% disseram não conhecê-la.

Janja é conhecida por 20% dos entrevistados. Entre esses, ela apresenta uma imagem positiva para 10%, 5% possuem uma visão indiferente dela, e 5% falaram que a vêem de forma negativa. 77% não sabem quem ela é.

O levantamento ouviu 2.000 pessoas presencialmente entre os dias 11 e 14 de agosto. O índice de confiança é de 95%. O registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) está sob o número BR-01167/2022. A pesquisa custou R$ 139.005,86.

SOBRE O INSTITUTO

O Quaest é um instituto de pesquisas com sede em Belo Horizonte. Até 2020, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a empresa realizava pesquisas eleitorais só em Minas Gerais. Hoje, faz levantamentos sobre intenções de voto para presidente, governador e para o Senado em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia. O instituto tem uma parceria com a Genial Investimentos, a qual financia levantamentos para as eleições de 2022. As pesquisas são realizadas com entrevistas presenciais.


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