BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados mais próximos fizeram uma oração nesta segunda-feira (22) momentos antes de o chefe do Executivo conceder entrevista ao Jornal Nacional, da Rede Globo.
Um vídeo compartilhado por assessores do mandatário por aplicativo de mensagem mostra Bolsonaro ao lado dos ministros da Economia, Paulo Guedes, das Comunicações, Fábio Faria, do chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, do secretário Nacional de Justiça, Vicente Santini, do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e do coordenador de comunicação da campanha, Fábio Wajngarten rezando um Pai Nosso.
No vídeo, Wajngarten sugere que seja feita a oração e Bolsonaro concorda com a ideia. Ele diz que já tinha orado e aceita fazer uma nova oração. "Acho que vale a gente fazer uma mentalização positiva para o senhor", diz o coordenador de comunicação.
A entrevista do presidente ao Jornal Nacional era considerada pela campanha um dos momentos mais importantes da campanha eleitoral a fim de alavancar o desempenho do mandatário nas pesquisas. Por outro lado, também havia o medo de que um escorregão do presidente prejudicasse sua imagem.
Ao final, aliados avaliaram que a participação do presidente no programa teve um saldo positivo, principalmente por ele não ter perdido o equilíbrio nos 40 minutos em que respondeu a perguntas dos apresentadores William Bonner e Renata Vasconcellos.
A maior preocupação do entorno de Bolsonaro era que ele pudesse perder o equilíbrio e cometer grosserias, especialmente com a apresentadora Renata Vasconcellos. Na avaliação deles, o presidente manteve o controle e evitou atritos excessivamente com a apresentadora.
A rejeição entre as mulheres é um dos principais empecilhos de Bolsonaro. Um comentário machista ou agressivo poderia ser danoso para a imagem do presidente junto a esse eleitorado, segundo seus aliados.
Na entrevista, Bolsonaro colocou condições para aceitar os resultados das eleições e mentiu, durante sabatina no Jornal Nacional, ao tratar de ações na pandemia da Covid-19 e ao negar que tenha xingado ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).
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