BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O candidato a vice-presidente na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB), afirmou nesta quinta-feira (25) que a devastação da Amazônia é hoje o maior perigo para o agronegócio e que foi o governo do petista que impulsionou o setor.
"Quem impulsionou o agronegócio foi o governo do presidente Lula. Os juros eram 2,5%, hoje é 15%. Crédito agrícola, seguro rural, conquista de mercado. Hoje o maior perigo do agronegócio é a devastação da Amazônia", afirmou Alckmin.
Para o ex-governador de São Paulo, a destruição ambiental ameaça as exportações brasileiras do agronegócio. "Pode ter um entrave nas vendas do agro para o mundo, e o Brasil é um celeiro para o mundo, em razão das questões ambientais. É inacreditável você ter uma devastação. E não é por agricultor, é grilagem de terra."
O ex-governador afirmou que hoje o Brasil está muito dependente da China. "Precisamos conquistar novos mercados. Se fizer acordo Mercosul-União Europeia, dá um salto de mercados".
Alckmin diz que há uma pauta logística em discussão na chapa, que prevê integrar ferrovias, rodovias, hidrovias e também portos. O ex-governador também disse que busca atrair o setor com diálogo e conversa.
Com o discurso, Alckmin tenta reconquistar o apoio do agronegócio -hoje um segmento visto em grande parte como integrante da base do rival Jair Bolsonaro (PL).
O PT tem tentado se aproximar do setor com o apoio principalmente de parlamentares de Mato Grosso e da família Maggi -inclusive Blairo Maggi, um dos maiores produtores de soja do Brasil, cacique político de Mato Grosso (hoje no PP) e ex-ministro da Agricultura do governo Michel Temer (MDB).
Conforme mostrou a Folha de S.Paulo, aliados de Bolsonaro, por sua vez, têm tentado consolidar o apoio do setor ao atual presidente usando um trecho do plano de governo de Lula.
Em documento com diretrizes de governo, Lula incluiu uma proposta de regulação da produção agrícola. A campanha petista, no entanto, diz que foi uma falha e que o trecho será suprimido.
Alckmin também defendeu nesta quinta a criação de uma secretaria específica no Ministério da Saúde para tratar de investimentos em Santas Casas e instituições filantrópicas. Essas entidades passam por endividamentos, o que faz da frase do ex-governador um aceno ao setor.
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