SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Entidades que defendem princípios liberais divulgaram um manifesto nesta sexta-feira (26) criticando a operação de busca e apreensão contra um grupo de empresários, autorizada nesta semana pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.

A ação ocorreu após reportagem do portal Metrópoles, que revelou diálogos entre empresários num grupo de WhatsApp, em que alguns defendiam um golpe em caso de vitória do PT na eleição presidencial.

"Somos contrários a qualquer ideia de golpe contra as instituições, e sempre nos posicionaremos contra regimes ou iniciativas totalitárias", diz a carta, assinada por 32 entidades.

Em seguida, o documento afirma que não pode haver punição apenas pelo fato de alguém expressar pontos de vista, ainda que condenáveis.

"Não se trata de concordar ou não com o que foi dito. A questão é o direito de emitir opiniões -mesmo que deploráveis- e arcar com as consequências legais, caso evoluam para ações ou ameaça iminente, o que não foi o caso", diz o texto.

Assinam, entre outros, o Instituto Mises Brasil, o Instituto de Formação de Líderes, o Instituto de Estudos Empresariais e o Instituto Liberal.

"Como defensores do Estado Democrático de Direito, não nos parece razoável que cidadãos sofram intervenção do Poder Judiciário em razão de suas opiniões, ainda que abjetas. Requeremos a extinção dos inquéritos ilegais, pois estamos certos de que o Brasil não deseja a volta do abominável delito de opinião", termina o documento.


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