BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O candidato à Presidência da República pelo partido Novo, Luiz Felipe D'Avila, se confundiu durante debate promovido por UOL, Band, Folha de S.Paulo e TV Cultura, na noite deste domingo (28), e trocou o nome da Lei Maria da Penha por "Maria da Paz". Questionado pela apresentadora do UOL News Fabíola Cidral sobre quais políticas podem ser adotadas contra violência de gênero, D'Avila afirmou que reforçar legislações existentes é mais importante que adotar novas medidas de amparo a mulheres.

"A polícia Maria da Paz, uma força importante que vem aumentando brutalmente as mulheres que têm coragem de denunciar estupro. Nós temos que aproveitar as boas experiências de política pública voltadas para combater crimes dessa natureza. Portanto, o que o Brasil precisa fazer não é inventar mais política pública. É fazer cumprir a lei, combater a impunidade e aproveitar excelentes exemplos como é o caso da força da Maria da Paz", disse.

Por meio de suas redes sociais, a candidata do PCB, Sofia Manzano, criticou o aparente desconhecimento de D'Avila sobre o nome da lei, que vigora desde setembro de 2006 e foi criada para reprimir a violência doméstica e familiar contra a mulher. A lei prevê, além de mecanismos para a proteção da mulher - como medidas restritivas -, punições para os agressores, que vão de três meses a três anos.

"Eu fui excluída do debate na Band O candidato Luiz Felipe D'Avila não sabe nem o nome da Lei Maria da Penha, que protege as mulheres de toda violência. Ele disse 'Lei Maria da Paz' Esse é o nível do Novo!", afirmou a candidata.

O empresário e candidato à presidência da República Luiz Felipe D'Avila (Novo) iniciou o debate presidencial de ontem dizendo que é um "cidadão como qualquer outro". Ele chega na disputa como o dono do maior patrimônio entre os candidatos, com R$ 24 milhões declarado, entre casas e investimentos.

Essa será a primeira eleição disputada por Luiz Felipe D'Avila. O vice na chapa é o deputado federal Tiago Mitraud (Novo-MG), um dos oito membros da bancada do partido na Câmara. O empresário é formado em ciência política pela Universidade Americana em Paris, na França, e possui mestrado em Administração Pública pela Harvard Kennedy School, dos Estados Unidos.

Em 2018, ele foi coordenador do programa de governo do então tucano Geraldo Alckmin, hoje candidato a vice na chapa de Lula. Naquele pleito, Alckmin acabou em quarto lugar, com 4,7% dos votos.

Em entrevista ao UOL, no fim do ano passado, ele defendia que as forças da chamada terceira via se unissem para definir, em meados de 2022, uma candidatura competitiva que fizesse frente à disputa entre Lula e Bolsonaro.

Fundado em 2015, o Novo terá candidato próprio ao Planalto pela segunda vez. O banqueiro João Amoêdo, que concorreu pela sigla em 2018, havia registrado naquele ano um patrimônio de R$ 425 milhões, mais de 17 vezes superior ao de D'Avila.

QUEM É LUIZ FELIPE D'AVILA

Luiz Felipe D'Avila é casado com Ana Maria Diniz, filha do empresário Abílio Diniz, com quem tem dois filhos, Andrea e João Luís. Ele também é neto do ex-deputado federal João Pacheco Chaves (MDB-SP), já falecido, que presidiu o extinto Instituto Brasileiro do Café e que foi secretário da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, de 1951 a 1953.

O candidato é irmão do deputado estadual por São Paulo Frederico D'Avila (PSL), que é aliado do governo Bolsonaro. Felipe D'Avila também é primo da ex-deputada Manuela D'Avila (PCdoB).

MAIOR PATRIMÔNIO

Luiz Felipe D'Avila informou à Justiça Eleitoral que possui R$ 24,6 milhões em patrimônio.

Em sua declaração, d'Avila informa que é proprietário de duas casas, que somam R$ 3,1 milhões, além de participações em empresas que chegam a R$ 20 milhões e R$ 238 mil em aplicações de renda fixa.


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