RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - As Forças Armadas prepararam uma programação de oito horas para a comemoração do dia 7 de Setembro na praia de Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro, a ser encerrada com um ato com a presença do presidente Jair Bolsonaro (PL).
A programação preparada prevê inclusive salto de paraquedistas na areia de praia, 29 salvas de canhão a partir do Forte de Copacabana, além da parada com navios militares e a apresentação da Esquadrilha da Fumaça, já divulgadas.
Bolsonaro quer transformar o ato em Copacabana, em comemoração aos 200 anos da Independência, como uma forma de demonstrar apoio popular. Ele exigiu a mudança do ato no Rio de Janeiro do centro, onde tradicionalmente é feito, para a orla da zona sul, ponto mais comum das manifestações políticas a seu favor na cidade.
A programação começa às 8h, com a primeira salva de canhão do Forte de Copacabana --ela se repetirá a cada hora até as 16h, quando serão disparados 21 tiros do quartel.
A parada naval, com número de navios ainda não divulgado, começará às 9h na Barra da Tijuca e tem chegada prevista em Copacabana às 13h.
A esquadrilha Fox, composta por três aeronaves privadas, fará uma apresentação de cerca de 50 minutos a partir das 14h.
Neste mesmo horário, o presidente sobrevoará de helicóptero a motociata organizada por apoiadores, que sairá do Monumento dos Pracinhas, no Flamengo, até a praia de Copacabana. Ele chega às 15h na orla, mesmo horário do salto dos paraquedistas do Exército.
Haverá ainda apresentação de uma banda da Marinha, seguida da Esquadrilha da Fumaça. O ato se encerrará com os 21 tiros de canhão do Forte de Copacabana.
Bolsonaro estará num palco com autoridades na orla, esquina com rua Rainha Elizabeth, próxima ao Forte de Copacabana. Não se sabe se ele discursará, mas haverá equipamentos para eventual fala do presidente.
A ala política do Palácio do Planalto vinha tentando esfriar os ânimos do presidente em relação ao ato de Copacabana, onde há previsão de maior carga política.
Bolsonaro sempre demonstrou interesse que o ato fosse de grandes proporções, a fim de demonstrar apoio popular. Contudo, chegou a sinalizar que não discursaria, a fim de não repetir o confronto gerado no Dia da Independência no ano passado, quando chamou o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) de canalha.
A autorização pelo ministro de busca e apreensão contra empresários bolsonaristas, contudo, acirrou os ânimos. O comportamento do presidente para o ato ainda é imprevisível.
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