SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em um novo livro sobre a trajetória de seu pai, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) admite que o governo de Jair Bolsonaro (PL) não foi o que se esperava quando o presidente foi eleito, em 2018, e que poderia ter sido "muito melhor".
Ao mesmo tempo, diz ele em "Jair Bolsonaro: O Fenômeno Ignorado" (Vide Editorial), foi o melhor governo possível num contexto de pandemia, oposição do STF e guerra da Ucrânia.
"O governo Bolsonaro que começou e que esperávamos não é o mesmo que chega hoje ao fim do mandato. Sim, poderia ser muito melhor; mas o leitor pode ter a certeza de uma coisa: dentro das circunstâncias, foi o melhor governo possível", diz a obra, escrita por Eduardo em conjunto com o escritor Mateus Colombo Mendes, assessor da Secretaria de Comunicação da Presidência.
O livro será lançado oficialmente em 6 de setembro num evento na sede do ICL (Instituto Conservador-Liberal), que é presidido por Eduardo, em Brasília.
A obra fala da vida de Bolsonaro desde a infância, detalha a carreira política dele e termina na campanha de 2018. Está previsto um segundo volume apenas tratando do período na Presidência.
"Tudo aquilo que os apoiadores do presidente acham que ele poderia ter feito melhor é exatamente aquilo que ele queria ter feito, mas não pôde", diz o livro, justificando a falta de algumas realizações.
A obra diz que Bolsonaro é "o maior fenômeno político e eleitoral da história do Brasil". "Nenhuma outra figura, em nenhum momento da nossa trajetória, influenciou de modo tão decisivo as eleições e, por conseguinte, a própria história da nação", afirma.
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