RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A poucos dias da estreia de mais uma montagem da peça "Fausto", em São Paulo, Leona Cavalli, 52, tem feito uma das coisas que mais gosta: ler. A literatura a conecta com o prazer de estar sempre buscando trabalhos desafiadores. No espetáculo, baseado no texto "A Trágica História do Dr. Fausto", de Christopher Marlowe e com a direção de José Celso Martinez, ela interpreta ao demônio Mefisto, personagem visto como "pesado" ou "místico" mas que, na visão da atriz, simboliza o poder do questionamento.
"A gente vive um momento de transformação dos padrões antigos. Esse conceito do Deus versus o diabo, do certo e o errado, do bem e do mal estão enraizados na humanidade desde a idade média e isso vem mudando. A peça mostra essa transformação", afirma a atriz ao F5.
Leona, que é uma das fundadoras do Centro de Estudos Xamânicos de Expansão da Consciência Porta do Sol, jura que não tem feito nenhuma proteção especial para interpretar um diabo no palco. "Aprendi e ainda aprendo que tão importante quanto entrar na personagem é sair. A minha preparação se dá dentro do universo da arte. Absolutamente na arte", reconhece Leona, que evita falar de sua espiritualidade.
"Evito falar porque é tudo muito deturpado. A parte espiritual de cada pessoa é uma coisa particular, mas continuo com meus estudos e seguindo o que eu acredito". Em 2016, Rian Brito (1991-2016), filho de Nizo Neto morreu afogado na praia de Quissamã, litoral do Rio. Ele e a ex-mulher, a atriz e cantora Brita Brazil, associaram a morte do rapaz à mudança de comportamento após o consumo do chá de Ayahuasca, substância ingerida no Porta do Sol. Leona sempre negou as acusações.
A atriz também falou sobre a série "O Rei da TV", da Star +, que conta os bastidores da história de Silvio Santos e, consequentemente, de toda a televisão brasileira. A produção está prevista para estrear em outubro. "O que acho interessante é que a série traz um olhar do que não se vê na mídia e do que se conhece publicamente da família Abravanel . Ela se inspira em fatos reais dos bastidores", conta Leona que interpreta Íris Abravanel.
"Não tive nenhum contato. Vi várias entrevistas da Íris e percebi que ela é uma mulher muito franca e direta. Ela tinha umas frases e colocações que deixavam o Silvio Santos desconcertado. Amei", brinca ela que no final de julho também terminou de gravar o filme "A Cerca", longa dirigido por Rogério Gomes, o Papinha.
"Começamos a gravar no início da quarentena da Covid-19, em 2020, e só conseguimos acabar agora. É um suspense e eu faço uma jornalista gaúcha que começa a investigar sobre uma terra e seus proprietários e descobre que essa família tem tudo a ver com o passado dela. Eu sou do Rio Grande do Sul e nunca tinha feito um trabalho na minha terra", revela a atriz, que já está até escalada para uma novela no ano que vem. Só que ela não dá spoiler.
"Sabe como é, né? Não se pode falar nada sobre o projeto antes do anúncio da emissora. Mas, é isso. Trabalhando aqui, trabalhando ali e vivendo", finaliza Leona.
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