BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Auxiliares do presidente Jair Bolsonaro (PL) defendem um armistício com o ex-ministro Sergio Moro (União-PR), de olho principalmente no segundo turno das eleições de 2022.
Seus aliados sabem que uma reaproximação entre os dois é altamente improvável, porque Bolsonaro ainda guarda mágoas, mas apostam em um pacto de não agressão. Eles acreditam que se Moro se dispuser a fazer ataques ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) poderia ajudar a recuperar parte do voto antipetista que o presidente perdeu quando se afastou do ex-juiz.
A campanha de Bolsonaro tem apostado na estratégia de colar Lula aos episódios de corrupção dos governos petistas e na ideia de que elegê-lo seria colocá-lo de volta "na cena do crime". Declarações de Moro nesse sentido, que julgou e condenou o petista, teriam um peso ainda maior, principalmente se ele ganhar a eleição ao Senado.
Nesta terça-feira (6), Bolsonaro fez uma sinalização de trégua em relação ao ex-juiz. Ele criticou a busca e apreensão da qual o candidato ao Senado foi alvo no último sábado (3) por irregularidade no tamanho da fonte do nome do suplente na chapa.
"Não tenho nada para defender o Moro. Mas ir na casa dele, ou até se fosse em outro local, escritório político, é agressão. Por causa de tamanho de letra?" Antes, o presidente definiu a medida de "covardia".
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