BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Embora não tenha participado da comemoração oficial pelo 7 de Setembro em Brasília, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), comandou nesta quarta-feira (7) em Maceió (AL) uma "carreata da Independência", ato de campanha que contou com cartazes e material de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

A caminhada não fez parte do ato oficial na capital alagoana em comemoração ao Bicentenário da Independência, realizado na Avenida da Paz. Em postagens no Instagram, o deputado, candidato à reeleição na Câmara, percorreu ruas de Maceió acompanhado de apoiadores que carregavam bandeiras de Bolsonaro e demonstravam apoio ao presidente.

Na camisa, Lira colou adesivo com o número do presidente nas urnas. Ele também andou em um carro com material de campanha que o associa a Bolsonaro.

Mais cedo, em uma rede social, Lira escreveu sobre o bicentenário e afirmou que o "Brasil independente é sempre o que olha para frente". Segundo interlocutores, nunca houve previsão de o presidente da Câmara participar do ato em Brasília. Isso porque a agenda de campanha dele em Maceió já estava fechada. Aliados lembram, no entanto, que se o deputado realmente desejasse participar do ato na capital federal, ele iria.

O não comparecimento de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) ao desfile de 7 de Setembro em Brasília, por outro lado, foi uma forte sinalização de desaprovação ao tom político e eleitoral do evento. Diferentemente de outros chefes de Poderes, o presidente do Senado estava em Brasília. Ele marcou para a noite desta quarta um jantar em comemoração ao Bicentenário da Independência, do qual participariam o chanceler Carlos França, o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, e autoridades diplomáticas estrangeiras.

Pacheco havia dito a interlocutores que aguardaria até os últimos dias antes do feriado para analisar se as festividades do 7 de Setembro teriam um tom político e eleitoral, antes de decidir se compareceria. Ele descartava viajar para fora de Brasília, para ter uma justificativa para a sua ausência. Se não comparecesse, queria deixar claro o motivo, como um recado para o chefe do Executivo e para explicitar a sua posição.

Ainda pela manhã, o presidente do Senado usou as suas redes sociais para afirmar que as comemorações do 7 de setembro, que marcam os 200 anos da Independência do Brasil, precisariam ser "pacíficas, respeitosas e celebrar o amor à pátria, à democracia e o Estado de Direito".


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