BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro Paulo de Tarso Sanseverino, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), negou um pedido da campanha de Jair Bolsonaro (PL) para que a coligação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retire do ar uma propaganda que associa o mandatário e familiares à compra de imóveis com dinheiro vivo.
A campanha de Bolsonaro argumentou que, em propagandas eleitorais de Lula, "houve a veiculação de ofensas à honra e à imagem do presidente da República e de sua família, bem como a reprodução de desinformação (fake news) ao induzir o eleitorado a sensação de que ele e seus filhos são agentes políticos desonestos, porquanto possuem mais de uma centena de imóveis adquiridos no exercício de mandatos eletivos."
Reportagem do UOL publicada no final de agosto afirma que desde os anos 1990 o presidente, irmãos e filhos negociaram 107 imóveis, dos quais ao menos 51 foram adquiridos total ou parcialmente com o uso de dinheiro vivo. O valor gasto desta forma foi, segundo a apuração, de R$ 13,5 milhões.
Na decisão, o ministro Sanseverino alegou, entre outros pontos, que a propaganda de Lula usa a reportagem do UOL como base e não imputa crime ou realiza ofensa pessoal contra Bolsonaro.
Sanseverino negou o pedido de liminar (decisão urgente e provisória) feito pela campanha bolsonarista para derrubar a propaganda. Também abriu espaço para manifestação da coligação de Lula e do MPE (Ministério Público Eleitoral) sobre a ação.
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