SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As supostas violações eleitorais que fundamentaram operação de busca e apreensão de materiais eleitorais na casa de Sergio Moro (União Brasil) e a remoção de links relacionados à sua campanha ao Senado no Paraná são encontradas com facilidade em perfis de outros candidatos.

O argumento acatado pela juíza auxiliar Melissa Olivas, do TRE-PR, foi o de que os nomes dos suplentes de Moro estavam em tamanho inferior ao exigido pela lei.

O mesmo pode ser visto nas campanhas de candidatos como Edson Aparecido (MDB-SP), Márcio França (PSB-SP), Flavio Dino (PSB-MA), Raíssa Soares (PL-BA), Cacá Leão (PP-BA) e Cabo Daciolo (PDT-RJ), entre outros.

Nesses casos, há materiais em que os nomes dos suplentes não são citados ou aparecem em fonte tão pequena que são ilegíveis.

No caso de Aparecido, por exemplo, os suplentes Augusto Castro e Elsa Oliveira não eram citados em uma publicação. A campanha do emedebista corrigiu a peça após ser procurada pelo Painel.

Outro exemplo ilustrativo é o da bolsonarista Raíssa Soares, que busca o Senado na Bahia. Ela inclui os nomes dos suplentes Ulisses Bambrini e Zildete Soares, mas em fonte minúscula e ilegível.

No caso de Moro, no entanto, pode ter pesado a recorrência das supostas infrações, já que a decisão do TRE-PR acatou argumento da Federação Brasil da Esperança, liderada pelo PT, que previa a exclusão de mais de 300 links. No caso dos candidatos citados, as possíveis falhas são mais pontuais.

Procuradas, as campanhas dos candidatos não quiseram se manifestar ou não deram resposta, exceto pela de França, que diz estar seguindo a proporcionalidade correta e que o logo oficial do candidato nem sempre está presente nas peças produzidas nas redes.


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