A principal mensagem destacada pelo Movimento Brasil Republicano (MBR) no ato do dia 7 de setembro foi a necessidade de lutar e reforçar a defesa fundamental da liberdade. De acordo com a organização da manifestação, um número estimado entre 15 mil e 25 mil pessoas passou pelo protesto, que teve concentração na Praça Jarbas de Lery, no Bairro São Mateus, Zona Sul, e desceu em passeata pela Avenida Presidente Itamar Franco, até o Centro de Juiz de Fora.

De acordo com a integrante do MBR, Lena Márcia de Carvalho Valle, os participantes fizeram links entre a data e os contextos nos quais o país está inserido. “As pessoas estão apavoradas com o que está acontecendo, com o cerceamento das liberdades. Estamos vendo alguns ministros do Supremo Tribunal Federal impedindo as pessoas de se manifestarem. Inclusive, políticos, que pela Constituição, têm a liberdade de expressar suas opiniões, votos e palavras.”

Para os participantes, conforme Lena, o principal desejo manifestado nas ruas é de que a pátria continue sendo livre. “A mensagem principal foi liberdade, que é o paradigma de qualquer democracia, se não tem liberdade, não tem democracia. Que continue sendo um país livre, democrático, soberano, que não seja mais um membro de uma ditadura comunista, que vem acontecendo em vários países da América Latina”.

A iniciativa atendeu à convocação do candidato à reeleição, Jair Messias Bolsonaro (PL). “Como o nosso presidente vocaliza e age defendendo a nossa liberdade, fomos às ruas democraticamente, exigindo liberdade econômica, de expressão, liberdade de opinião, liberdade de ir e vir, de trabalhar e não tinha momento mais propício do que esse.” Lena relembra que o 7 de setembro do ano passado também contou com uma manifestação significativa. “Em 2021 houve um movimento muito grande, com milhares de pessoas nas ruas, agora em 2022 foi maior”.


Adesão às pautas em nível nacional

Um dos momentos de destaque ao longo do ato, foi a leitura do texto “Apelo aos Patriotas”, de Tomé Abduch, que concentra uma série de pautas comuns aos atos realizados por todo o país. “As pessoas que estavam ali unidas naquele movimento de liberdade, estavam lá para dizer que a gente não quer o socialismo, a gente não quer uma ditadura instalada no país, a gente não quer um partido único dominando o país, que era o que era a proposta da extrema esquerda e dos seus partidos. A gente quer liberdade, a gente quer alternância de poder, a gente quer que as opiniões das pessoas sejam respeitadas”, ressalta, Lena.

A reeleição de Bolsonaro, nesse sentido, se torna para os participantes do ato, uma forma de vocalizar todos esses anseios. “Queremos um país diferente, onde exista meritocracia, onde não tenha ideologização de crianças e jovens, que você não tenha ideologia de gênero, que você respeite a vida, a propriedade. Isso tudo estava entre as nossas mensagens.”

Outro ponto foi o respeito às religiões e os valores da sociedade, tendo como núcleo a família. “Valores esses que são de família, de Deus, de liberdade, estava lá nos cartazes. Quando falamos de Deus, não estamos falando de uma religião só. O Estado, realmente, é laico. Mas é o respeito às religiões, o respeito às pessoas que têm a sua fé. A gente sabe que as religiões propõem, exatamente, o respeito à vida, o respeito ao outro. Quando você fala em religião, você está sintetizando isso.” Lena ressalta que, enquanto elo formador da sociedade, a família precisa ser defendida.

“Não é só o Estado que forma a sociedade, mas também a família. É a família que zela, tem amor, tem carinho, que tem que educar, não é a pátria que educa, não é o professor que educa. É o pai, a mãe, com seus exemplos”. Ainda segundo Lena, tudo o que provoca a desestruturação das famílias, como a droga, a criminalidade e a falta de um projeto de vida, precisa ser combatido.

Valorizar o país é outro pilar, que segundo Lena, precisa ser prioritário. “Precisamos resgatar os valores daquele local em que estamos criando nossos filhos. País em que você vive, no qual você quer trabalhar, no qual você quer prosperar, o qual você quer ver crescer. Se você perde esses valores, você passa a não valorizar o seu país e nós fomos muito desvalorizados nos últimos anos.”

Outro ponto que fez parte das reivindicações das pessoas que estiveram no ato do 7 de setembro, é a crítica à forma de atuação do Supremo Tribunal Federal (STF). “Outra coisa que também foi colocada nas nossas faixas é o nosso repúdio à ditadura de toga que está sendo instaurada no país. A gente está vendo alguns, não todos, ministros muito ativos, fazendo ativismo judicial impensável. Quando, na verdade, a função do supremo seria resguardar a constituição”.

O MBR é um movimento que nasceu de um grupo de pessoas que se conheciam da vida pessoal, que compartilhavam o interesse por conversas sobre política pelas redes sociais. O grupo se formou a partir de 2014, a partir da preocupação com os rumos que o país tomava, especialmente, em função de escândalos de desvio de dinheiro público, como o mensalão e o petrolão.

“É um grupo de pessoas que propõem um outro paradigma, um país que tenha um capitalismo meritório, que defenda propriedade privada, que defenda a população realmente carente com uma estrutura de Educação, de Saúde Pública de qualidade, uma Segurança Pública que realmente gere segurança para o povo”, descreve Lena.

Acessa.com - Uma pista da Av. Presidente Itamar Franco ficou interditada

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