SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Na ação que protocolou contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por ter comparado os atos de 7 de Setembro a uma reunião do grupo racista Ku Klux Klan, a campanha de Jair Bolsonaro (PL) usa como argumento o livro "Como as Democracias Morrem", dos professores americanos Steven Levitsky e Daniel Ziblatt. A obra, de 2018, é rotineiramente citada por opositores de Bolsonaro para alertar para os riscos de uma guinada autoritária.

"Como bem descreve a aclamada obra de Levitsky e Ziblatt, a polarização é uma perigosa arma contra a democracia, notadamente quando líderes extremistas, sob a alegação de defender a democracia, atacam a elite política e seus opositores, com a substituição do diálogo e do consenso por acusações infundadas que estimulam uma atmosfera de pânico, hostilidade e desconfiança mútuas que tendem à polarização e crise da sociedade", diz a peça, assinada pelo coordenador jurídico da campanha do presidente, Tarcísio Vieira de Carvalho.

Na ação, os advogados procuram caracterizar o presidente como vítima de extremismo e intolerância de Lula, e chegam a fazer referência elogios a desafetos notórios de Bolsonaro no STF, como os ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes.

Fachin é citado por uma opinião escrita sobre limites da liberdade de expressão "com a maestria que lhe é peculiar", enquanto Alexandre tem seu discurso de posse na presidência do TSE mencionado de forma positiva.


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