SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Faltando pouco mais de duas semanas para o primeiro turno, a avaliação positiva do governo Jair Bolsonaro está em 30%, de acordo com o Datafolha. Para outros 44%, sua gestão é ruim ou péssima.

Na pesquisa anterior sobre o tema, o placar estava em 42% a 31%.

O volume dos que acham a gestão regular era de 25% e se manteve nessa taxa na mais recente pesquisa do instituto, feita de terça-feira (13) a esta quinta-feira (15). A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

O Datafolha ouviu 5.926 eleitores em 300 municípios de todo o Brasil.

A avaliação positiva do presidente vinha em uma alta gradual nos últimos meses, mas estagnou no levantamento divulgado na semana passada. Em maio, o presidente tinha 25% de ótimo ou bom e, em julho, 28%. A oscilação agora está dentro da margem de erro.

A estagnação da avaliação positiva ocorre mesmo diante da maior exposição do presidente na campanha eleitoral, na qual sua propaganda tenta exaltar medidas do governo e aplacar a rejeição de segmentos historicamente refratários à candidatura dele, como o feminino.

Nos últimos dias, por exemplo, o espaço do presidente no horário eleitoral tem divulgado iniciativas, como a entrega de títulos de terras para mulheres. Também tenta colocá-lo como criador do Pix, embora o sistema já estivesse em desenvolvimento no Banco Central antes de seu mandato.

Entre os eleitores que recebem o Auxílio Brasil, ou que moram com alguém que recebe, a avaliação do presidente está próxima dos patamares aferidos no total da população. O benefício social, reajustado às vésperas da campanha, era uma das principais apostas dos governistas para a eleição.

O auge da rejeição ao trabalho do presidente ocorreu de setembro a dezembro de 2021, quando a taxa de ruim/péssimo chegou a 53%.

Os outros três presidentes que tentaram a reeleição --Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma Rousseff-- tinham avaliação mais positiva a essas altura do mandato. Os três conseguiram se reeleger.

Feito entre terça (13) e esta quinta-feira (15), o levantamento tem margem de erro geral de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, considerando um índice de confiança de 95%. O instituto ouviu 5.926 eleitores em 300 municípios. A pesquisa, contratada pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo, está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número BR-04099/2022.


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