SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A dez dias do primeiro turno da eleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) não consegue alterar a avaliação majoritariamente negativa do eleitorado sobre seu governo.

Pesquisa Datafolha feita de terça-feira (20) até esta quinta-feira (22) aponta que 44% dos entrevistados consideram a gestão dele na Presidência ruim ou péssima, ante 32% que a qualificam como ótima ou boa.

No levantamento do instituto realizado na semana passada, o placar estava em 44% a 30%.

A margem de erro das pesquisas é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, o que indica, portanto, que a oscilação ocorreu dentro dessa diferença.

A taxa de eleitores que consideram o trabalho do presidente regular era de 25% e agora foi a 23%.

A pesquisa do Datafolha, registrada na Justiça Eleitoral sob o número BR-04180/2022, ouviu 6.754 eleitores em 343 municípios brasileiros. O índice de confiança é de 95%.

Bolsonaro vinha recuperando terreno nas pesquisas de avaliação nos últimos meses, mas a melhora estancou há duas semanas, ao atingir 31% de ótimo ou bom. Em maio, essa taxa era de 25%.

O pico da avaliação negativa ocorreu de setembro a dezembro de 2021, com 53% chamando sua gestão de ruim ou péssima. Os governistas apostavam numa recuperação na esteira de um pacote de benefícios às portas da campanha, como a redução das taxas dos combustíveis e o reajuste no Auxílio Brasil.

Mesmo levando em conta apenas os beneficiários desse programa social, a avaliação negativa da gestão de Bolsonaro segue em 44%. Os outros três presidentes que tentaram a reeleição --Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma Rousseff-- tinham avaliação mais positiva a essa altura. Os três se reelegeram.


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