SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Presidente do Instituto Voto Legal, contratado pelo PL para auditar a eleição, o engenheiro Carlos Rocha elogiou nesta quinta-feira (29) o sistema de votação eletrônica, um dia após ter sido incluído no inquérito das fake news em curso no STF.
"Consideramos o sistema eletrônico de votação um bom sistema, e a urna eletrônica um bom equipamento", afirmou ele à coluna Painel, da Folha de S.Paulo.
"Não fomos contratados para dizer se a urna funciona ou não, ou se é boa ou não. Não estamos nem para atacar, nem para defender a urna eletrônica", acrescentou.
Nesta quarta (28), o instituto comandado por Rocha publicou relatório em que afirma que "o quadro de atraso encontrado no TSE" gera "vulnerabilidades relevantes" e pode resultar em invasão interna ou externa nos sistemas eleitorais. "Com grave impacto nos resultados das eleições", diz.
O documento provocou reação do ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que incluiu o instituto no rol de investigados por espalhar desinformação.
Em tom moderado, o engenheiro afirma ter ficado surpreso com a atitude, uma vez que vinha conversando com técnicos do tribunal sobre o tema há vários meses.
"O processo foi feito a quatro mãos com o TSE até meados de agosto. Tivemos uma reunião produtiva com a Christine Peter, secretária-geral da presidência do TSE, que durou mais de 90 minutos. Ela elogiou o propósito do trabalho e as informações apresentadas", diz Rocha.
Segundo ele, o intuito do trabalho é apenas colaborar para fortalecer o modelo de votação.
"A nossa função é avaliar as informações disponíveis em documentos públicos, para identificar pontos de atenção para contribuir com o TSE sobre como melhorar o sistema", afirmou.
Rocha disse ainda que está à disposição para prestar esclarecimentos ao TSE. "Estamos muito tranquilos".
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