SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A senadora Simone Tebet (MDB-MS), terceira colocada na disputa pela Presidência, declarou, nesta quarta-feira (5), apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno.

"O que está em jogo é muito maior do que cada um de nós", disse ela em pronunciamento nesta tarde.

"Nos últimos quatro anos, o Brasil foi abandonado na fogueira do ódio e das desavenças. A negação atrasou a vacina, a arma ocupou o lugar dos livros. A iniquidade fez curvas a esperança. A mentira feriu a verdade", afirmou Tebet. "Por tudo isso [...], depositarei nele [Lula] o meu voto".

Tebet e Lula almoçaram juntos em São Paulo, na casa da ex-prefeita Marta Suplicy.

O ex-presidente já havia conversado, nesta segunda-feira (3), com Tebet. Antes do telefonema, o vice da chapa de Lula, Geraldo Alckmin, também conversou com a senadora. Após uma série de contatos, o telefonema foi intermediado pela mulher do ex-presidente, a socióloga Rosângela da Silva.

Na manhã desta quarta, o MDB anunciou a posição de neutralidade do partido no segundo turno, liberando seus filiados para apoiar Lula ou Jair Bolsonaro (PL).

A posição de neutralidade do MDB vinha sendo questionada por alguns membros do partido, que pediam que o partido tomasse uma posição. O tesoureiro do partido, senador Marcelo Castro (MDB-PI) havia afirmado que seria necessário o MDB escolher um candidato pela sua "história em defesa da democracia, de liberdade, de estado de direito, de respeito às instituições". A ala emedebista mais vocal defende apoio a Lula.

O petista também anunciou nas redes sociais que terá apoio do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB). Ele compartilhou foto ao lado de Helder.

Tebet ficou em terceiro lugar na disputa presidencial, com 4,2% dos votos. Ela terminou a frente do pedetista Ciro Gomes (PDT), que ficou para trás na reta final da campanha.

O apoio da senadora a Lula já havia sinalizado logo após o anúncio do resultado do primeiro turno das eleições. No entanto, disse que aguardaria a posição dos presidentes dos partidos que participaram de sua coligação.

"Não esperem de mim omissão. Tomem logo [presidentes dos partidos da coligação] a decisão, porque a minha já está tomada. Eu tenho lado e vou me pronunciar no momento certo. Eu só espero que vocês entendam que esse não é qualquer momento do Brasil", afirmou naquele momento a senadora em pronunciamento na sede do comitê de campanha.


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