SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) minimizou, nesta quarta-feira (5) os apoios que o presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu para a disputa no segundo turno, afirmando que é "o mesmo do mesmo".
"A somatória do meu adversário é o mesmo do mesmo. Ele já está tendo apoio de quem já apoiou ele no primeiro turno. Todo mundo sabia que o governador do Rio [Cláudio Castro] era bolsonarista, que o Tarcísio [de Freitas] era bolsonarista, que o Rodrigo [Garcia] era bolsonarista. E nós vamos juntar os diferentes para vencer os antagônicos", disse Lula ao lado do presidente do PDT, Carlos Lupi, na tarde desta quarta.
O ex-presidente disse acreditar "piamente" na vitória nas eleições e afirmou que irá aumentar a diferença de votos registrada no primeiro turno entre ele e Bolsonaro "em muito".
Na terça (4), Bolsonaro recebeu apoio do governador Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB).
O petista se encontrou com o presidente do PDT, Carlos Lupi, e o ex-prefeito Rodrigo Neves (PDT), derrotado na disputa pelo Governo do Rio de Janeiro, na tarde desta quarta-feira (5).
Lula afirmou que "o PDT e o Ciro [Gomes] valem muito mais do que os votos que tiveram".
"A história do Ciro não é uma história de 3,5% de votos. O Ciro vale muito mais do que isso, é muito mais importante do que isso, significa mais do que isso."
"O Ciro é uma pessoa às vezes muito diferente do que ele é no palco de luta. Nós quando estamos disputamos eleição nós viramos artistas e faz coisas que não faz na vida normal", continuou Lula.
No dia anterior, o PDT formalizou o apoio a Lula no segundo turno contra Bolsonaro. Quarto colocado nas eleições de 2022, Ciro Gomes acompanhou a decisão do PDT.
Nesta quarta, Lupi disse que Bolsonaro representa "tudo o que a gente lutou durante a vida toda contra". "Nós somos o partido dos torturados, dos cassados, dos exilados. Jamais estaremos ao lado dos torturadores", disse.
Lupi disse também que estar ao lado de Lula neste momento "não é um favor, é uma obrigação" e que é estar ao lado "da democracia e da esperança".
O presidente do PDT criticou também a condução do governo Bolsonaro na pandemia da Covid-19 e disse que não se pode aceitar "a omissão e a ignorância como regra numa sociedade civilizada e democrática como é a sociedade brasileira".
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