SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Além de disputarem o segundo turno na corrida presidencial, PL e PT foram os partidos mais votados para diferentes cargos na eleição do último dia 2.

Dados da Justiça Eleitoral tabulados pela Folha de S.Paulo apontam que os dois partidos receberam mais votos também na eleição para governador, deputado estadual e deputado federal.

Apenas na eleição para o Senado pelo país houve um "intruso", com o PSB ficando à frente do PT em maior volume de votos --o PL também está no topo nesse ranking. A circunstância foi impulsionada pela votação do candidato pessebista Márcio França, derrotado em São Paulo, maior colégio eleitoral do país.

No total, o PL obteve 118,8 milhões de votos no primeiro turno, sendo 51,1 milhões só do presidente Jair Bolsonaro. O PT ficou um pouco atrás, com 113,7 milhões. Lula teve 57,3 milhões de votos.

Em um distante terceiro lugar está a União Brasil, partido criado no ano passado com a fusão do DEM e do PSL, com 35,8 milhões. Além de bem capilarizada pelo país, a União contou também com boa votação para os governos. Elegeu dois governadores em primeiro turno e passou para a segunda rodada na Bahia, quarto maior colégio eleitoral do país.

A legenda foi a que mais recebeu neste ano recursos do fundo eleitoral, verba pública distribuída entre os partidos de acordo com a votação nas eleições de 2018: R$ 758 milhões.

O ranking de votação por partido mostra que algumas agremiações tiveram dificuldade em transformar o financiamento público em votação mais expressiva.

O MDB, que tem a terceiro maior fatia do fundão, foi apenas o sexto mais votado para deputado federal.

O PSDB, que teve um encolhimento histórico neste pleito, foi só o 12º que mais recebeu votos, mesmo sendo o sexto maior destinatário do fundão.

O PL se tornou a maior bancada da Câmara e do Senado, com 99 deputados e 14 senadores. O PT será a segunda maior bancada da Câmara, com 68 deputados, e a quarta entre os senadores, com nove integrantes. Só um terço das vagas do Senado foi escolhido neste pleito.

O volume de votos por partido tem importância também por ser uma das variáveis usadas para calcular a verba pública que cada agremiação receberá nos anos seguintes. Isso levou as direções partidárias a priorizar puxadores de voto em grandes centros, como São Paulo.

Os dados tabulados pela Folha também apontam que quatro partidos nanicos de esquerda foram os únicos que não elegeram nenhum representante no pleito deste mês. São eles: Unidade Popular, partido registrado em 2019 e que disputou pela primeira vez uma eleição nacional, PCB, PSTU e PCO.

O PCO foi o menos votado entre as 32 legendas registradas, com apenas 42,4 mil votos para todos os cargos para os quais concorreu.


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