SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A campanha de Jair Bolsonaro (PL) usou mais da metade do seu tempo no horário eleitoral da televisão desta terça-feira (11) para atacar o candidato do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Os bolsonaristas divulgaram dados de sites regionais e um relatório de urnas do Presídio de Tremembé, em São Paulo, para dizer que o petista foi o mais votado entre presos do país. Não foi apresentado, porém, um relatório consolidado dos votos de todas as cadeias do Brasil.
A Constituição Federal prevê o direito ao voto para o preso sem sentença final. Somente a condenação criminal definitiva suspende os seus direitos políticos.
Na peça de propaganda, a campanha do presidente exibiu uma fala editada em que Lula cita uma conversa com os sequestradores do empresário Abílio Diniz. Em outro trecho, o ex-presidente afirma que não pode ver jovem "assassinado pela polícia, às vezes inocente ou às vezes porque roubou um celular".
A propaganda foi a mais agressiva até agora de Bolsonaro desde o início do segundo turno. O presidente terminou em segundo lugar na eleição de domingo (2), com 43% dos votos contra 48% de Lula.
Líder no primeiro turno, o petista já havia subido o tom na propaganda eleitoral. Levou à TV uma fala em que Bolsonaro diz que quase comeu carne humana.
Então deputado federal, Bolsonaro afirmou em entrevista ao New York Times que só não comeu carne humana de um indígena porque "ninguém quis ir com ele". A propaganda foi retirada do ar após decisão do TSE.
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