PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) - Após um acordo entre as campanhas que adiou o reinício da propaganda de rádio e TV por uma semana, Onyx Lorenzoni (PL) e Eduardo Leite (PSDB) retomaram nesta quinta-feira (13) os programas entre os candidatos ao Governo do Rio Grande do Sul, em meio a uma subida de tom na disputa gaúcha.
No rádio, houve um ataque de cunho homofóbico a Leite. Em seu programa, Onyx declarou ter certeza de que "os gaúchos e as gaúchas" vão ter "um governador e uma primeira-dama de verdade, que são pessoas comuns e que têm uma missão de servir e transformar a vida dos gaúchos para melhor".
Na TV, o candidato não repetiu a declaração, disse apenas que, "ao lado de sua esposa, vai governar pelas famílias do Rio Grande".
Em seu Instagram, Leite postou a foto de um cartaz colado em um poste, sem assinatura, com os dizeres "RS é alérgico a carne de viado e lactose". Ao lado do cartaz, a campanha tucana diz: "Eles plantam ódio e preconceito. A gente planta amor esperança".
Leite declarou ser homossexual em julho do ano passado, em entrevista ao programa Conversa com Bial, da TV Globo.
Na campanha de TV, Onyx fez ainda indiretas a Leite ao mencionar que o Rio Grande do Sul precisaria de um governador que não coloque "os interesses pessoais" acima dos do estado e "cumpre sua palavra".
As falas se referem a Leite ter mudado de posição sobre concorrer à reeleição e de ter renunciado ao Governo do RS para tentar uma candidatura à Presidência, em março passado.
Em seu primeiro programa de TV no segundo turno, Leite fez a mesma virada que já havia feito nas redes sociais. Trocou o azul do PSDB pelas cores do Rio Grande do Sul, adotou uma trilha regionalista e um tom ufanista com os dizeres "O Rio Grande fala mais alto." Também repetiu falas do primeiro debate do segundo turno, ao dizer que o estado "não é mera extensão de Brasília, nem quintal do governo federal".
No debate realizado na Band no domingo passado (9), Leite ?que foi o segundo colocado no primeiro turno? adotou um tom agressivo contra Onyx, a quem chamou de "pipoqueiro" por ocupar cinco ministérios diferentes ao longo de três anos no governo Jair Bolsonaro (PL). "Não conseguiu parar em nenhum porque não deu certo. Ministro pipoqueiro." Onyx demonstrou irritação e pediu "respeito aos pipoqueiros".
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