SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O pastor Silas Malafaia, considerado um dos maiores cabos eleitorais de Jair Bolsonaro (PL) entre os evangélicos, já criticou o uso da estrutura de igrejas como forma de ajudar a candidatura de políticos.

"Na hora que a igreja evangélica [...] faz uma opção, como igreja, por um candidato, ela deixa de ser igreja. O senhor da igreja é Jesus, e ele não tem título de eleitor no Brasil", disse Malafaia em 2002, em evento ao lado do então candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista era apoiado por ele na ocasião.

Vídeo com a declaração do líder religioso foi publicado pelo perfil Eixo Político nesta quarta (26), no Twitter.

No mesmo evento, Malafaia afirmou que "ninguém tem autoridade para falar em nome da igreja". "Eles falam, no máximo, em seus próprios nomes, porque a Igreja está acima de tudo", disse.

Questionado pela reportagem sobre o assunto, o pastor, que é líder da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, diz que segue com a mesma opinião. "A igreja não faz opção por candidato, quem faz somos nós. Em que lugar eu disse que a Assembleia de Deus apoia Bolsonaro?", indaga.

Sobre o seu apoio a Lula na época, Malafaia diz que em 2002 não recaía sobre o petista nenhuma acusação. "Qual é o problema? Apoiei Lula, sim, botei a minha cara para ele, mas como eu não sou idiota manipulado, caí fora. Estou até rindo disso", diz.


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