FOLHAPRESS - O deputado estadual Amauri Ribeiro (União Brasil), de Goiás, aparece em um vídeo prevendo uma "guerra civil" em caso de vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e dizendo que, como reservista, iria para a rua "empunhar uma arma".

As imagens, que circulam em sites e redes sociais desde terça-feira (25), mostram o parlamentar ao microfone durante um ato em apoio a Jair Bolsonaro (PL) no dia 22 em São Miguel do Passa Quatro, a cerca de 85 quilômetros de Goiânia.

No trecho, diz: "você está do lado errado. E deixa eu te falar: se o seu presidente [Lula] ganhar vai acontecer uma guerra civil no País e eu sou reservista. E se eu for convocado, eu vou para rua e vou empunhar uma arma. Deus que te livre de estar do outro lado nessa luta. E é isso que a gente tem que dizer".

Procurada, a assessoria do deputado declarou que o trecho do vídeo foi "descontextualizado", levando a crer que o deputado fala a um interlocutor específico. Na verdade, ele estaria relatando ao público presente a conversa que teve com um amigo petista.

A assessoria diz ainda que o parlamentar falou em empunhar armas porque, por ter servido à Aeronáutica e ser reservista, ele deverá ser convocado "caso haja algum tipo de conflito e as Forças Armadas forem convocadas para restabelecer a ordem".

A nota diz ainda que "não houve ameaça a ninguém e nem às instituições, nem tampouco à democracia".

Na íntegra das imagens, é possível ver que o deputado relata uma suposta conversa com um petista em seu gabinete, mas a menção a uma guerra civil se mantém.

E ele vai além, dizendo: "se não aconteceu (sic) o que tem que acontecer, o que é correto, o que é de Deus nesse país, nós não vamos aceitar calados. Nós não vamos entregar o nosso país para uma bandeira vermelha".

Em agosto de 2021, o deputado se tornou alvo de investigação da Polícia Civil por ter dito, durante um discurso na tribuna, que uma protetora de animais e vereadora de Goiânia "merecia um tiro na cara".

Ribeiro se referia ao episódio em que a vereadora Lucíula do Recanto (PSD), acompanhada de guardas municipais, entrou em um imóvel em que ocorria rinha de galos e cães para socorrer animais mutilados. Ela registrou boletim de ocorrência após o discurso.

Ribeiro foi reeleito deputado estadual com 35.060 votos.


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