SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O corregedor-geral do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Benedito Gonçalves, expediu uma recomendação às campanhas dos candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) para que respeitem a proibição de "qualquer espécie de propaganda" neste domingo (30), como mensagens eleitorais em entrevistas ou manifestações que recebam cobertura da imprensa.

Ele disse, no entanto, que essa medida não é um juízo antecipado de que há irregularidades na concessão de entrevistas, mas que as situações devem ser analisadas caso a caso.

"Sob a ótica da normalidade eleitoral, mostra-se prudente atuar de forma profilática, ante o risco de reiteração das condutas que, em última análise, afetam o direito de cada pessoa a, no dia da eleição, expressar nas urnas a sua livre escolha", diz Gonçalves na decisão, assinada neste sábado (29).

"Visa-se, com isso, reafirmar o pacto em torno do respeito à vontade formada por cada eleitora e por cada eleitor, como síntese pessoal e intangível de toda a informação coletada ao longo da campanha, e que, no derradeiro momento do pleito, deve ser resguardada contra indevidas perturbações".

A recomendação foi expedida após a campanha de Bolsonaro ingressar com uma ação no TSE afirmando que, no primeiro turno, Lula concedeu entrevista pela manhã à CNN e "se utilizou do púlpito da imprensa como se tratasse de evento eleitoral" e, à tarde, a GloboNews reproduziu outra entrevista de Lula, após ele ter votado.


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