BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Silvinei Vasques, apagou neste domingo (30) publicação na qual pedia voto ao presidente Jair Bolsonaro (PL) nas redes sociais.

No sábado (29), ele postou no Instagram uma foto da bandeira do Brasil, acompanhada do texto "vote 22. Bolsonaro presidente". A imagem, apesar de ter sido excluída, viralizou nas redes sociais.

A publicação foi feita horas depois de o PT protocolar no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) um pedido para que o tribunal adote providências para impedir uma possível atuação da PRF e da PF (Polícia Federal) em favor da campanha de Bolsonaro.

Gleisi Hoffmann, presidente do partido, escreveu em rede social que a campanha petista recebeu denúncias de que as duas corporações estariam sendo instrumentalizadas pelo governo para fazer operações com "objetivo eleitoral".

"Diante de quem nunca hesitou em usar o Estado contra adversários, estamos pedindo providências ao TSE, em nome da lisura da eleição", afirmou.

Na noite de sábado, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, proibiu a realização de operações da PRF contra veículos utilizados no transporte público de eleitores.

Na decisão, Moraes ainda afirmou que o descumprimento da decisão poderá acarretar a responsabilização criminal dos diretores das corporações por desobediência e crime eleitoral.

Ao longo deste domingo, a PRF descumpre a decisão de Moraes com abordagens em transportes públicos. Segundo números internos da PRF aos quais a Folha de S.Paulo teve acesso, o órgão já tinha realizado 514 ações de fiscalização contra ônibus até 12h35.

Neste domingo, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) determinou com urgência que o diretor-geral da PRF dê explicação sobre operações policiais realizadas pelo órgão em transporte público de eleitores.

Na decisão, é citada uma publicação nas redes sociais de um vídeo na Paraíba de uma operação que, segundo o usuário, estaria "afugentando a população da zona rural" das urnas.

A ordem atende a um pedido feito pelo deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que argumenta haver "instrumentalização da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal voltada a eventualmente interferir no processo eleitoral, durante o segundo turno das Eleições de 2022, no intuito de criar fatos políticos artificiais" em benefício do presidente Jair Bolsonaro (PL).


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