GOIÂNIA, GO (FOLHAPRESS) - Um policial militar foi filmado neste domingo (30) ao tomar o celular de um advogado de 33 anos que disse ter se negado a cumprir ordem de retirar toalha com rosto estampado do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no local de votação em Goiânia. Igor Escher Pires Martins reclamou de "abuso de autoridade, truculência e violência policial".
Até a tarde deste domingo, a Polícia Militar não havia se manifestado sobre o caso, que ocorreu em uma escola no Jardim Planalto, região sudoeste da capital. Vídeos mostram que o eleitor também estava vestido de camiseta com rosto do político.
"Votei normalmente, e, quando saía, dois PMs me abordaram ordenando para retirar a 'bandeira' do corpo", afirmou. Ele disse ter negado a ordem porque fazia manifestação "de forma silenciosa", como permite a legislação eleitoral.
Em seguida, de acordo com o relato do eleitor, os policiais disseram que o levariam para a delegacia. Martins disse que, logo depois, se identificou como advogado e entregou a filha dele, que carregava no colo, para a esposa.
O advogado disse que passou a gravar a situação. "Comecei a filmar a abordagem, quando o segundo PM, de nome Rosemario, abruptamente, arrancou o celular da minha mão. [Eu] disse que eles eram servidores públicos no exercício da função e que eu poderia, sim, filmá-los. Repeti isso por três ou quatro vezes", contou.
Martins disse que o PM só devolveu o celular depois de ser alertado sobre abuso de autoridade. "Nesse ínterim, vários bolsonaristas passaram por mim, me ofendendo. Teve uma que até questionou minha esposa se queríamos 'ideologia de gênero' para nossa filha. Criou-se um ambiente extremamente hostil e intimidador", afirmou.
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