ARACAJU, SE (FOLHAPRESS) - O empresário Fábio Mitidieri (PSD), 45, venceu a eleição para governo de Sergipe neste domingo (30). Ele derrotou neste segundo turno o senador Rogério Carvalho (PT), 54.

Com 98,74% das urnas apuradas, Mitidieri tinha 51,77% dos votos válidos e não poderia mais ser ultrapassado por Carvalho, que somava 48,23%.

Na contramão de seus aliados políticos, Mitidieri declarou apoio ao ex-presidente Lula (PT), o que acirrou o embate com o adversário petista, que acionou a Justiça Eleitoral. A ação impediu o candidato do PSD de usar a imagem de Lula em materiais de campanha.

Ao longo da eleição, Mitidieri apresentou propostas de combate à fome, descentralização dos serviços de saúde e geração de emprego. O candidato utilizou ainda como estratégia atrair um eleitorado de conservadores e progressistas. Para isso, defendeu que "o voto não é agarrado".

Aposta do PSD para a sucessão do atual governador, Belivaldo Chagas, que está em seu segundo mandato, ele contou com aliança do senador eleito Laércio Oliveira (PP), liderança local e representante do governo de Jair Bolsonaro em Sergipe e do prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PDT).

Poucos dias antes das eleições, Mitidieri passou mal e não pôde participar do último debate. Na quarta (26), foi levado às pressas a um hospital particular de Aracaju com quadro de astenia, intensa dor torácica, vertigem, náuseas e sintomas respiratórios persistentes, sendo liberado neste sábado (29).

Fábio Mitidieri é natural de Aracaju, empresário e formado em administração. Foi eleito vereador de Aracaju em 2008, concorreu ao cargo de deputado estadual em 2010, mas renunciou à candidatura. Em 2014, foi eleito deputado federal por Sergipe, sendo reeleito em 2018.

Derrotado nas urnas, Rogério Carvalho teve como um dos aliados no segundo turno o candidato do PL ao governo, Valmir de Francisquinho, que decidiu apoiar o petista após ter a candidatura indeferida pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por improbidade administrativa.

No primeiro turno, Valmir obteve 457.922 votos, que foram considerados nulos, à frente de Carvalho, com 338.796.

O desafio da campanha do petista ao governo foi tentar desvincular sua imagem do voto na resolução do Congresso sobre o orçamento secreto, que contrariou a orientação da bancada do PT no Senado.

Depois de ter sido aprovado com folga na Câmara, o texto que manteve os repasses da emenda de relator enfrentou dificuldade no Senado. A votação foi desempatada por Carvalho, que se posicionou a favor da proposta, o que seu partido considerou um "fato grave".

O voto do candidato foi utilizado como munição pela campanha de Mitidieri.


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