SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ex-procurador Deltan Dallagnol foi o candidato mais votado do Paraná e deve ser eleito para uma vaga na Câmara dos Deputados pelo estado. Estreante, Dallagnol garantiu a liderança com 344 mil votos, distante da segunda colocada, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PT), por cerca de 85 mil votos de diferença.

Durante a campanha, o ex-coordenador da Lava Jato destacou o combate à corrupção e elencou o PT como o principal inimigo, poupando críticas ao governo de Jair Bolsonaro (PL). Em um vídeo, ele diz que o Supremo Tribunal Federal (STF) virou "a casa da mãe Joana".

Deltan tem enfrentado reveses na justiça, como uma condenação no Superior Tribunal de Justiça pela apresentação de PowerPoint sobre o tríplex do Guarujá (SP), e uma condenação no TCU por gastos na Lava Jato, suspensa pela Justiça Federal de Curitiba em setembro.

Terceiro mais votado, o deputado Filipe Barros (PL-PR) chegou a 249 mil votos, quantidade três vezes maior do que a obtida em 2018. O deputado é um aliado do governo de Jair Bolsonaro (PL) e, como o presidente, tem feito ataques sistemáticos às urnas eletrônicas. Barros foi relator da PEC do voto impresso, derrotada na Câmara em agosto de 2021.

Presidente do partido no Paraná, Felipe Francischini (União Brasil) foi o sexto mais votado no estado, com 164 mil votos. Já Zeca Dirceu (PT), que chamou o ministro da Economia, Paulo Guedes, de "tchutchuca" em uma reunião na Câmara em 2019, obteve 122 mil votos.

O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP), recebeu 107 mil votos, com 99% das urnas apuradas, e também deve ser reeleito.


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