PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) - Passava das 22h quando um grito de alívio irrompeu no comitê de Eduardo Leite (PSDB), na Avenida Pelotas, em Porto Alegre, anunciando que o tucano estaria no segundo turno das eleições ao governo do RS.
Líder com tranquilidade nas pesquisas de intenção de voto, Leite foi surpreendido não apenas com a liderança de Onyx Lorenzoni (PL), mas com a ameaça de Edegar Pretto (PT) tomar seu lugar no segundo turno. Leite terminou a apuração com apenas 2.441 votos a mais do que o petista.
Na breve manifestação feita em seu comitê ?sua entrevista coletiva foi transferida para a manhã de segunda-feira (3)? manteve o discurso avesso à polarização que por pouco não o vitimou
"Aqui no Rio Grande do Sul, graças ao trabalho do nosso governo, resistimos a essa polarização. Uma das poucas candidaturas que resistiu, senão a única."
Questionado se procuraria o PT para uma aliança, dada a necessidade de obter votos e a identificação de Onyx com o bolsonarismo, Leite se esquivou. "O apoio que se busca é o da população. A gente sempre teve um bom diálogo, mas temos diferenças do ponto de vista programático."
Em seu comitê, Pretto (PT), nome da nova geração do partido, foi aplaudido por apoiadores pelo desempenho. O melhor do PT no estado desde 2014. "Nós de novo estamos nos apresentando do tamanho que nós somos. Se um dia houve antipetismo, ou anti-esquerda [no estado], isso é página virada", disse Pretto.
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