SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), entrou em acordo com Tarcísio de Freitas (Republicanos) para declarar apoio ao candidato de Jair Bolsonaro (PL) ao Governo de São Paulo.
Nesta terça-feira (4), Rodrigo também tem um encontro com o presidente na capital paulista, indicando que o apoio a Bolsonaro na corrida pela Presidência também está encaminhado.
Rodrigo terminou o primeiro turno da eleição em terceiro lugar e não avançou para o segundo turno, numa derrota histórica para o PSDB no estado.
O apoio declarado dos tucanos paulistas a Tarcísio e Bolsonaro é um revés para as campanhas de Fernando Haddad (PT) e Lula (PT), que também buscavam atrair a sigla nesta segunda etapa da disputa em que enfrentam os bolsonaristas.
Na segunda-feira (3), a campanha de Haddad chegou a procurar interlocutores de Rodrigo, mas não teve contato direto com o governador.
De acordo com aliados de Rodrigo, o governador viu vantagem em fechar uma aliança com Tarcísio na expectativa de que o PSDB mantenha parte dos cargos e das secretarias que ocupa hoje na estrutura governamental, incluindo o Sebrae.
Os tucanos levaram em conta que Tarcísio e sua coligação não teriam quadros suficientes e precisariam do apoio do PSDB para tocar o governo. Além disso, o movimento de apoio também busca blindar que tucanos sejam alvo de investigações ou retaliações promovidas pelo eventual governo Tarcísio.
Pesou ainda o fato de que Tarcísio é considerado favorito num estado que sempre elegeu governos de direita. O bolsonarista terminou o primeiro turno em primeiro lugar e tem rejeição menor do que o adversário Haddad.
O PSDB em São Paulo também considera o PT um adversário histórico e, de acordo com interlocutores de Rodrigo, não havia sentido apoiá-los no segundo turno.
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