SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A Justiça de Goiás mandou o youtuber bolsonarista Gustavo Gayer, eleito deputado federal no último domingo (2) pelo PL, publicar um vídeo de retratação por fake news divulgadas por ele durante a pandemia de Covid-19.
A determinação foi feita pela 7ª Câmara Cível do TJ-GO (Tribunal de Justiça de Goiás), que rejeitou um pedido feito por Gayer e manteve condenação de fevereiro deste ano proferida pelo juiz Sebastião José da Silva, da 31ª Vara Cível.
Na ação movida pela Prefeitura de Goiânia, a administração do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) afirmou que o youtuber divulgou a falsa informação de que a cidade reduziu o número de leitos, o que teria levado a um colapso da rede de saúde, e, portanto, seria a causa do lockdown decretado por Cruz. Gayer também foi acusado de divulgar a desinformação de que Goiânia usou repasses do governo federal para a Saúde para pagar outras despesas.
Dos seis vídeos que a Prefeitura de Goiânia contestou, o juiz Sebastião deu direito de resposta para a gestão municipal em quatro. Segundo o magistrado, o vídeo de retratação deve ser publicado no canal de Gayer no YouTube e também nos perfis dele no Facebook e Instagram "com a mesma forma de publicação e o mesmo destaque dado aos vídeos originalmente feitos, comprovando nos autos o respectivo cumprimento".
Caso o youtuber bolsonarista não cumpra a decisão da Justiça, ficou estipulada multa diária de R$ 500, montante que pode chegar ao máximo de R$ 50 mil.
Além disso, Gayer e o prefeito de Goiânia foram condenados a pagar, cada um, 50% das custas processuais e os honorários advocatícios da outra parte. O valor foi fixado em R$ 3 mil para cada.
A reportagem tenta contato com youtuber e, em caso de manifestação, este texto será atualizado.
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