SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O deputado federal eleito Nikolas Ferreira (PL-MG) teve sua página no Twitter suspensa, neste sexta-feira (4), por uma decisão judicial. Na rede social do futuro parlamentar aparece a mensagem "conta retida".

No Instagram, ele compartilhou texto informando a suspensão em razão de ordem judicial referente a um processo que tramita no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Nikolas, 26, foi o deputado federal mais votado do Brasil nesta eleição, com cerca de 1,5 milhão de votos.

No Instagram, o deputado compartilhou uma conta reserva e disse que "é inacreditável o que está acontecendo". Ele gravou um vídeo no qual afirma que foi bloqueado por ter feito questionamentos.

"Basicamente você não precisa gostar de mim para poder defender a liberdade das outras pessoas. Eu basicamente... Simplesmente transcrevi o que o argentino disse no Twitter e foi provavelmente por isso que derrubaram minha conta com mais de 2 milhões de seguidores", disse.

"Hoje você não pode questionar. E as pessoas não estão entendendo o quão perigoso é isso".

Ainda no Instagram, Nikolas compartilhou uma mensagem na qual o Twitter informa sobre a suspensão da conta.

"Nós estamos aqui para lhe informar que a sua conta no Twitter é objeto de ordem judicial que determinou a sua suspensão integral, no âmbito da Petição Cível, em trâmite no Tribunal Superior Eleitoral".

O Twitter ainda não informou as razões da suspensão. O TSE também não confirmou se fez a solicitação e quais as razões para bloquear a página.

Este não foi o único caso ocorrido nesta semana com bolsonaristas. O deputado federal eleito Gustavo Gayer (PL-GO), está com sua conta no Twitter suspensa.

No começo desta semana, a conta do Twitter da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) também foi bloqueada. Segundo aviso na rede social, o perfil foi retido após decisão judicial.

Depois de ter seus perfis nas redes sociais suspensos ela divulgou links para suas novas contas na madrugada desta quarta-feira (2) em uma tentativa de driblar as determinações.

No mesmo dia, porém, os novos perfis foram derrubados após nova decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O teor das decisões, no entanto, está sob sigilo.

Aliada do presidente Jair Bolsonaro (PL), Zambelli vinha fazendo postagens favoráveis às manifestações golpistas em favor do mandatário. Desde a noite de domingo (30), a militância mais radicalizada faz centenas de bloqueios em estradas pelo país questionando o resultado da eleição, que teve Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como vencedor.


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