SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A eleição da diretoria do Sebrae-SP, agendada para esta terça-feira (29), marca um dos primeiros embates relacionados ao governo Tarcísio de Freitas (Republicanos).

De um lado, o atual diretor-superintendente, Marco Vinholi (PSDB), pretende continuar no cargo e tem a seu favor o aceno de apoio dos tucanos à nova gestão.

De outro lado, Guilherme Afif Domingos, coordenador da transição de Tarcísio e aliado de Gilberto Kassab (PSD), tem trabalhado para que Guilherme Campos, também do PSD, fique com a vaga.

Afif, que foi ministro-chefe da Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência (2013-2015) e presidiu o Sebrae Nacional (2015-2018), é crítico do que vê como partidarização do Sebrae de São Paulo que estaria sendo empreendida por Vinholi.

Como mostrou a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, ele tem colocado tucanos em cargos importantes da instituição desde que o governador Rodrigo Garcia (PSDB) forçou uma mudança de comando na instituição e derrubou Wilson Poit para colocar o aliado, em setembro.

Até sexta-feira (25), Campos era o único nome de chapa indicada pela Fecomércio. No último instante, o nome dele foi retirado para dar lugar ao de Vinholi, presidente do diretório paulista do PSDB.

O novo superintendente será escolhido por votação do colégio eleitoral formado por 13 conselheiros nesta terça. Afif tem conversado com conselheiros para conseguir sete votos para que o nome do tucano não seja aprovado, abrindo margem para o nome de Campos volte à disputa.

Interlocutores de Tarcísio afirmam que ele tem sido reticente ao tratar do tema e tem dito que vai deixar as instituições envolvidas resolver a questão sem interferência dele. Por parte dos tucanos, existe a expectativa de que o comando do Sebrae seja entregue em reconhecimento ao apoio dado a ele no segundo turno contra Fernando Haddad (PT).

Os envolvidos dizem que o cenário de incerteza deve se arrastar até o fim da reunião desta terça, marcada para as 10h. Qualquer que seja o resultado, Tarcísio deverá lidar com insatisfação. Caso Vinholi continue, Afif e Campos, que há anos tenta ocupar o posto, devem sair frustrados. Caso o tucano seja derrotado, o PSDB deve pressionar por mais espaço na administração estadual.


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