BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O gabinete de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), dobrou a expectativa de público da posse para cerca de 300 mil pessoas.
A mudança na estimativa ocorre em meio ao anúncio feito nesta semana pela futura primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, de realizar um festival de shows e atividades lúdicas no dia da cerimônia.
Como mostrou a coluna da Mônica Bergamo, a expectativa na semana passada era de um público de 150 mil. Na quarta (30), Janja divulgou a lista de cantores, que já chegava a 18 nomes confirmados, entre eles Pabllo Vittar, Fernanda Takai, Valesca Popozuda e Chico César.
As apresentações artísticas devem começar às 11h e serão espalhadas em dois palcos montados na Esplanada dos Ministérios. Os shows devem ser interrompidos próximo das 14h, quando está previsto o início da cerimônia de posse.
Forças de segurança que organizam a logística da posse se reuniram nesta quinta-feira (1º), no Comando Militar do Planalto.
O aumento na estimativa do público e a realização dos shows em horário próximo à posse foram considerados pontos sensíveis na reunião, por causa da grande movimentação de público que deve ocorrer da frente dos palcos ao canteiro central da Esplanada dos Ministérios.
Além da mudança na estimativa de público, a equipe de transição decidiu realizar um desfile em carro aberto do vice-presidente, Geraldo Alckmin.
Em 2010, Michel Temer desfilou em carro aberto como vice de Dilma Rousseff. O mesmo ocorreu com José Alencar, vice de Lula. Jair Bolsonaro (PL), no entanto, não seguiu o modelo com o general Hamilton Mourão.
Lula e Janja, devem desfilar em carro aberto, no Rolls-Royce presidencial. A equipe de transição ainda avalia qual carro será usado por Alckmin e sua esposa, Lu Alckmin.
O desfile do vice-presidente foi decidido em um contexto de força política de Alckmin. O ex-governador de São Paulo foi escolhido por Lula para coordenar a transição e, apesar de apelos, deve ficar sem nenhum ministério para atuar de forma transversal no governo.
A engenharia política do PT para acomodar um antigo adversário na chapa de uma frente ampla passou pela garantia de que o candidato a vice teria um papel importante no terceiro governo do presidente Lula.
Alckmin assumiu a coordenação geral da transição e tem tocado negociações importantes, como a PEC da Transição, medida vista pelo governo eleito como essencial para abrir espaço fiscal e pagar Bolsa Família de R$ 600 no próximo ano, além de outros investimentos do Executivo comprometidos com orçamento apertado em 2023.
O vice-presidente eleito também participou de uma reunião sobre a posse com a primeira-dama, e o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e suas respectivas equipes.
A expectativa das forças de segurança que trabalham na organização da posse é que a logística fique pronta ainda na primeira quinzena de dezembro. Uma nova reunião será realizada na próxima terça-feira (6).
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